Campo Grande

01/07/2024 17:00

Sem gás há dois dias, família que mora de favor no fundo da igreja ainda espera ajuda no Aero Rancho

Sem trabalho e condições para pagar aluguel, mãe com filhos especiais vive de doações

01/07/2024 às 17:00 | Atualizado 01/07/2024 às 19:03 Dayane Medina
Beatriz e Bruno foram diagnosticados com a síndrome do X frágil / Arquivo pessoal - Arquivo pessoal

Há dois dias sem gás, Marlene Batalha Fernandes, 57 anos, ainda precisa de doações, no bairro Aero Rancho, em Campo Grande (MS). Sem condições de trabalhar para cuidar dos filhos especiais, Beatriz Fernandes dos Santos, 34 anos, Bruno Batalha Fernandes, 33 anos, ela, o esposo e os dois filhos moram de favor no fundo de uma igreja na Avenida Tancredo Neves.

Moradores antigos de Campo Grande, a família retornou de Jaraguari há poucos meses por conta do tratamento de Beatriz, a filha de Marlene passou 69 dias internada por problemas respiratórios, ficou entubada e mexeu com a vida da família que morava em uma fazenda no interior do Estado.

Ao TopMídiaNews, a mãe explica que os dois filhos nasceram com a síndrome do X frágil, doença genética que causa deficiência intelectual. A condição é rara em homens e o filho é o único diagnosticado com a doença na Capital. O rapaz assim como o padrasto é aposentado, mas quase não recebem muito em dinheiro por conta de empréstimos feitos no nome dos dois.

Beatriz até conseguia trabalhar, mas depois da internação, os dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e meses de hemodiálise, continua se recuperando e largou a cadeira de rodas há poucos dias.

Segundo Marlene, por conta da saúde da filha e os desgastes em ir e vir para acompanhar a internação, a família decidiu voltar para Campo Grande. Sem emprego, sem dinheiro, com dois filhos especiais e o marido no quarto AVC (Acidente Vascular Cerebral), os quatro foram acolhidos pela pastora da família.

Apesar de sobreviver de doações, Marlene destaca que recebe pouca ajuda e faz apelo. "Não tem entrado nada na vaquinha e nem de doações presenciais, há dois dias estou sem gás e preciso dessa ajuda", diz.

Quem puder doar pode procurar a família na Avenida Tancredo Neves, 1737 ou falar com Marlene pelo WhatsApp e agendar uma visita à família (67) 99221-7434.