Campo Grande

27/06/2024 07:00

Morando de favor no fundo da igreja, mãe e filhos especiais sobrevivem de doações no Aero Rancho

Sem trabalho e condições para pagar aluguel, família foi acolhida por pastora

27/06/2024 às 07:00 | Atualizado 27/06/2024 às 09:07 Dayane Medina
Beatriz e Bruno foram diagnosticados com a síndrome do X frágil - Arquivo pessoal

Morando há três meses de favor no fundo de uma igreja no Jardim Aero Rancho, Marlene Batalha Fernandes, 57 anos, os dois filhos especiais, Beatriz Fernandes dos Santos, 34 anos, Bruno Batalha Fernandes, 33 anos, e o esposo, Luiz do Nascimento, 64 anos, foram acolhidos pela pastora da Igreja Evangélica Adoradores em Cristo Jesus e sobrevivem de doações, em Campo Grande (MS).

Moradores antigos de Campo Grande, a família retornou de Jaraguari há poucos meses por conta do tratamento de Beatriz, a filha de Marlene passou 69 dias internada por problemas respiratórios, ficou entubada e mexeu com a vida da família que morava em uma fazenda no interior do Estado.

Segundo Marlene, por conta da saúde da filha e os desgastes em ir e vir para acompanhar a internação, a família decidiu voltar para Campo Grande. Sem emprego, sem dinheiro, com dois filhos especiais e o marido no quarto AVC (Acidente Vascular Cerebral), os quatro foram acolhidos pela pastora da família.

"Congregamos na igreja há 7 anos. Ela nos acolheu em duas peças no fundo da igreja e aqui vivemos de doação de cestas e alimentos", explica Marlene.

Ao TopMídiaNews, a mãe explica que os dois filhos nasceram com a síndrome do X frágil, doença genética que causa deficiência intelectual. A condição é rara em homens e o filho é o único diagnosticado com a doença na Capital. O rapaz assim como o padrasto é aposentado, mas quase não recebem muito em dinheiro por conta de empréstimos feitos no nome dos dois.

Beatriz até conseguia trabalhar, mas depois da internação, os dias na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) e meses de hemodiálise, continua se recuperando e largou a cadeira de rodas há poucos dias.

Desempregados, Marlene cuida do brechó da pastora na igreja, enquanto recebem ajuda. (Enquanto vivemos de doações, atualizei meus dados para tentar uma casa, recebemos ajuda do CRAS, mas ainda precisamos de cestas, frutas, verduras e um gás", comenta.

Interessados em ajudar a família podem doar na igreja localizada na Avenida Tancredo Neves, 1737 ou falar com Marlene pelo WhatsApp e agendar uma visita à família (67) 99221-7434.