Campo Grande

há 4 meses

Em emboscada, mulher esperou escondida por vítima para cometer assassinato no Guanandi

Vítima foi pega de surpresa, tentou se defender com um caixote, mas foi ferida com uma facada no rosto

25/06/2024 às 11:45 | Atualizado 25/06/2024 às 10:13 Felipe Dias
Vítima foi ao local buscar latinhas, mas suspeita teria pensado que fosse amante do namorado - Berlim Caldeirão

Marcia Silva Evaristo, de 48 anos, apontada como a principal suspeita pelo assassinato de uma catadora de recicláveis no bairro Guanandi, em Campo Grande (MS), teria armado uma emboscada para cometer o crime. 

Segundo o namorado da suspeita, a mulher se escondeu no corredor da casa e atacou a vítima com uma faca. O crime aconteceu na madrugada desta terça-feira (25), na Rua São Marcos. A motivação do crime teria sido por ciúmes, relatou o homem.

Segundo o boletim de ocorrência, no imóvel mora o namorado da autora do crime. Ele contou à polícia que o casal estava tomando cerveja quando Marcia resolveu ir embora de casa.

Ele saiu para comprar mais cerveja e encontrou a vítima, ainda não identificada, que vivia em situação de rua e supostamente pediu latinhas para reciclagem. Ele permitiu que a vítima o acompanhasse para buscar as latinhas.

A namorada dele, desconfiada de traição, voltou para a casa e se escondeu. De acordo com o relato da testemunha, quando a vítima entrou no corredor que dá acesso à quitinete, Marcia a atacou com uma faca e a expulsou para fora do quintal.

Na calçada em frente ao imóvel, a catadora de recicláveis tentou se defender com uma caixa de madeira, mas foi ferida. O namorado relata que tentou separar as duas, sem sucesso, sendo atingido na mão direita. Após matar a vítima, Marcia fugiu.

O 10º BPM (Batalhão da Polícia Militar) foi acionado para atender ao caso de uma lesão corporal e encontrou a vítima caída ao solo, com sinais de perfuração na face, já sem vida.

No local, a perícia apreendeu a faca usada no crime e fios de cabelos que estavam nas mãos da vítima. A casa vizinha possui câmeras, que poderão fornecer mais informações.

A Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) chegou a ser acionada, mas verificou que o caso não se trata de violência contra a mulher e a equipe foi orientada a apresentar o caso na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol.

Na manhã desta terça-feira (25), em uma cena brutal, ainda restam vestígios do assassinato da catadora de recicláveis. Na calçada, um chinelo, casaco e uma poça de sangue foi o que restou da vítima.