Campo Grande

25/06/2024 09:57

Caixa de madeira foi única chance de defesa de catadora morta no Guanandi

Ela foi pega de surpresa pela suspeita, tentou se defender com um caixote, mas foi ferida com facada no rosto

25/06/2024 às 09:57 | Atualizado 25/06/2024 às 10:09 Felipe Dias
Na calçada em frente ao imóvel, a catadora de recicláveis tentou se defender com uma caixa de madeira - Berlim Caldeirão

Uma caixa de madeira, parte de um móvel velho, foi a única chance de defesa da catadora de recicláveis morta no bairro Guanandi, em Campo Grande. Ela foi pega de surpresa pela assassina, tentou se defender com um caixote, mas foi ferida com uma facada no rosto.

O crime aconteceu na madrugada desta terça-feira (25), na Rua São Marcos. Marcia Silva Evaristo, de 48 anos, é apontada como a principal suspeita pelo crime.

Segundo o boletim de ocorrência, no imóvel mora o namorado da autora do crime. Ele contou à polícia que o casal estava tomando cerveja quando Marcia resolveu ir embora de casa.

Ele saiu para comprar mais cerveja e encontrou a vítima, ainda não identificada, que vivia em situação de rua e supostamente pediu latinhas para reciclagem. Ele permitiu que a vítima o acompanhasse para buscar as latinhas.

A namorada dele, desconfiada de traição, voltou para a casa e se escondeu. De acordo com o relato da testemunha, quando a vítima entrou no corredor que dá acesso à quitinete, Marcia a atacou com uma faca e a expulsou para fora do quintal.

Na calçada em frente ao imóvel, a catadora de recicláveis tentou se defender com uma caixa de madeira, mas foi ferida. O namorado relata que tentou separar as duas, sem sucesso, sendo atingido na mão direita. Após matar a vítima, Marcia fugiu.

O 10º BPM (Batalhão da Polícia Militar) foi acionado para atender ao caso de uma lesão corporal e encontrou a vítima caída ao solo, com sinais de perfuração na face, já sem vida.

No local, a perícia apreendeu a faca usada no crime e fios de cabelos que estavam nas mãos da vítima. A casa vizinha possui câmeras, que poderão fornecer mais informações.

A Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) chegou a ser acionada, mas verificou que o caso não se trata de violência contra a mulher e a equipe foi orientada a apresentar o caso na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol.

Na manhã desta terça-feira (25), em uma cena brutal, ainda restam vestígios do assassinato da catadora de recicláveis. Na calçada, um chinelo, casaco e uma poça de sangue foi o que restou da vítima.