06/06/2024 13:00
Ginecologista acusado de assédio reverte decisão no Conselho de Medicina e vai apenas ser suspenso
Registro foi suspenso por 30 dias. Salvador é investigado por crimes sexuais contra pacientes e erros médicos desde 2020
Por unanimidade, o ginecologista, Salvador Walter Lopes de Arruda, de 71 anos, teve decisão favorável do CRM-MS (Conselho Regional de Medicina), e a cassação de seu registro profissional foi revertido apenas para suspenso. Ele é investigado desde 2020 por crimes sexuais contra pacientes, além de erros médicos, em Campo Grande.
A decisão foi publicada, em parágrafo único, no DOU (Diário Oficial da União), desta quinta-feira (06).
A decisão, segundo o DOU, foi tomada por maioria, confirmada a sua culpabilidade e reformada a decisão do CRM de origem, que lhe aplicou a sanção de "Cassação do Exercício Profissional", para lhe aplicar a "Suspensão do Exercício Profissional Por 30 Dias".
Segundo publicação, em parágrafo único, por maioria, foi caracterizada a infração ao artigo 23 do Código de Ética Médica de 2018, que diz: "Tratar o ser humano sem civilidade ou consideração, desrespeitar sua dignidade ou discriminá-lo de qualquer forma, ou sob qualquer pretexto. Parágrafo único. O médico deve ter para com seus colegas respeito, consideração e solidariedade."
O crime
Salvador Walter Lopes de Arruda, de 71 anos, é investigado por crimes sexuais contra pacientes e erros médicos desde 2020.
O caso veio à tona após uma vítima registrar boletim de ocorrência em 2020, por ser agarrada e beijada a força pelo acusado.
Na época das denúncias, a delegacia de atendimento a mulher iniciou uma investigação e pediu a suspensão do exercício da medicina, tanto em Mato Grosso do Sul, quanto em São Paulo.
Além dos crimes sexuais, o ex-diretor geral do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul (HRMS) responde também por erros médicos. Salvador foi diretor entre o ano de 2003 a 2004.