Interior

há 6 meses

Vereador que é policial intimida testemunha de agressão contra colega em Água Clara

Conversa foi divulgada em sessão da Câmara Municipal e expôs vítima

22/05/2024 às 13:56 | Atualizado 22/05/2024 às 15:14 Thiago de Souza
Vereador é acusado de intimidar testemunha - Reprodução Facebook

Vereador e policial civil, Alfredo Alexandrino (Republicanos), é suspeito de intimidar uma testemunha que iria depor contra um colega dele na Câmara Municipal, Marcelinho Carvoeiro, mesmo partido, acusado de agressão, em Água Clara. Conversa entre Alfredo e a testemunha foi exposta em sessão do dia 20 de maio. 

Conforme o Mídia Clara, Alfredo divide as funções de vereador com investigador lotado na delegacia local. Alexandrino teria acionado a testemunha por meio de conversa no WhatsApp. A pessoa sabia que ele é investigador e teve de conversar sobre o caso mesmo antes de ser intimada a depor na delegacia. O caso foi colocado em segredo de Justiça. 

Ainda segundo o site, Alfredo questionou e intimidou a testemunha, na tentativa de obstruir o processo. No diálogo, o parlamentar pressiona a testemunha, deixando-a visivelmente desconfortável.

O site destaca também que Alexandrino teria enviado um áudio da conversa com a testemunha para o suspeito do caso, Marcelo Carvoeiro. Este, por sua vez, exibiu a gravação na tribuna e expôs a testemunha. 

Tentamos contato com o vereador Alfredo pela rede social. O espaço está aberto para manifestação. 

Marcelinho Carvoeiro é alvo de CPI (Foto: Reprodução MS Na Mídia)

Agressão

A agressão de Marcelinho teria ocorrido durante a Festa das Nações, na madrugada que teve o show da dupla Matheus e Kauan, em Água Clara. 

Os alvos da pancada, segundo os site, foram o secretário de Saúde, Alex Oliveira. Na sequência, o parlamentar e um grupo agrediram uma mulher de 36 anos e em seguida o esposo da vítima, servidor público. 

Marcelinho teria dado um soco na mulher quando ela gritava por socorro ao marido. O teria a derrubado no porta-malas de um carro, e o parlamentar ainda tentou enforcá-la aos gritos de "Eu não te bati não, sua vagabunda!

O espaço também está aberto ao vereador Marcelinho. 

CPI 

A Câmara Municipal aprovou, por seis votos a três, abertura de Comissão Processante contra o parlamentar. Alexandrino votou contra a abertura da investigação.