18/05/2024 19:00
Apesar de diminuição, MS ainda possui quase 149 mil analfabetos
Segundo censo do IBGE, taxa de analfabetismo se destaca principalmente entre os mais velhos
Apesar de crescimento de alfabetismo, Mato Grosso do Sul ainda possui quase 149 mil analfabetos, segundo o Censo Demográfico 2022: Alfabetização, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dados foram divulgados nesta sexta-feira (17).
De 2010 a 2022, a taxa de alfabetização cresceu 2,3% no Estado e, consequentemente, a de analfabetismo caiu para cerca de 5,4% da população. A análise é realizada com pessoas acima de 15 anos.
Ao todo, 2.608.134 milhões sabem ler e escrever um simples bilhete em Mato Grosso do Sul, enquanto 148.878 mil são analfabetos. Ou seja, sob o recorte desse grupo populacional, a taxa de alfabetização é de 94,6%.
Por Unidade da Federação, as maiores taxas de alfabetização são registradas em Santa Catarina (97,3%) e no Distrito Federal (97,2%), enquanto as menores, em Alagoas (82,3%) e no Piauí (82,8%).
Pesquisa Nacional
O IBGE analisou uma população de 163 milhões de pessoas de 15 anos ou mais para consolidar a pesquisa do Censo Demográfico 2022 sobre os dados de alfabetização no país, conforme o site Metrópoles, parceiro do TopMídiaNews.
Ao todo, 151,5 milhões sabem ler e escrever um simples bilhete no Brasil, enquanto 11,4 milhões são analfabetos. Ou seja, sob o recorte desse grupo populacional, a taxa de alfabetização é de 93%, contra taxa de analfabetismo de 7%.
Após mais de 80 anos, o país saiu de um cenário em que menos da metade da população era alfabetizada (44%) para ter 93% de pessoas que sabem ler e escrever – representando aumento de 49 pontos percentuais em relação a 1940, início da série histórica do IBGE.
Alfabetização por idade, cor ou raça e sexo
O percentual de pessoas que não sabem ler e escrever segue diminuindo em todas as faixas etárias. Em 2022, o grupo de 15 a 19 anos atingiu a menor taxa de analfabetismo (1,5%) e o grupo de 65 anos ou mais permaneceu com a maior taxa (20,3%).
O Censo 2022: Alfabetização destaca que “a elevada taxa de analfabetismo entre os mais velhos é um reflexo da dívida educacional brasileira, cuja tônica foi o atraso no investimento em educação”.
Apesar desse contingente entre os mais velhos, o grupo com 65 anos ou mais teve a maior queda na taxa de analfabetismo em três décadas, passando de 38% (2000), para 29,4% (2010) e 20,3% (2022) – totalizando uma redução de 17,7 pontos percentuais.
No recorte de cor ou raça, as taxas de analfabetismo de autodeclarados pretos (10,1%) e de pardos (8,8%) são mais que o dobro da taxa registrada entre brancos (4,3%). Por outro lado, esse contingente é quase quatro vezes maior para indígenas (16,1%). No Brasil, a população amarela que não sabe ler e escrever é de 2,5%.
Regiões do Brasil
Entre 2010 e 2022, a taxa de alfabetização cresceu em todas as regiões do Brasil. O Sul lidera o ranking com 96,6% de pessoas que sabem ler e escrever, seguido pelo Sudeste (96,1%), Centro-Oeste (94,9%), Norte (91,8%) e Nordeste (85,8%).
Embora tenha aumentado 4,9% (entre 2010-2022), a taxa de alfabetização no Nordeste permaneceu a mais baixa, com destaque para o índice de analfabetismo (14,2%), que é o dobro da média nacional (7%).
Além disso, os 1.366 municípios entre 10.001 e 20.000 habitantes apresentam a maior taxa média de analfabetismo (13,6%), o que corresponde a mais de quatro vezes a taxa dos 41 municípios acima de 500 mil habitantes (3,2%).
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