há 6 meses
Lourdes encarou maternidade solo na adoção e agora filho a ajuda com sonhos de outras famílias
Coordenadora de grupo com foco em divulgar a adoção, Lourdes e o filho compartilham experiências junto aos participantes
A conexão mãe e filho é algo muitas vezes inexplicável e, no caso de Lourdes Missio e Bruno Missio, não é diferente. A servidora pública, nos anos 2000, optou por iniciar a jornada solo para adotar um menino. Ela teve sucesso no processo e, atualmente, conta com a ajuda dele, que já tem 15 anos, para apoiar outras famílias adotivas.
O desejo de ser mãe sempre fez parte da vida de Lourdes e, quando ela notou estabilidade profissional e emocional, iniciou os trâmites para conseguir ser "mãe pelo coração", revelou ao site local Dourados News. "Eu estava terminando meu doutorado em Campinas, já trabalhava há algum tempo como funcionária pública e, estava encaminhando a adoção. Sonhava na época com o momento que o 'telefone toca' para dar a notícia de que o meu filho viria para os meus braços", conta.
A servidora viu seu sonho se realizar com a chegada do menino, com 22 dias. Ela conta que toda a espera e preparação para o momento valiam a pena. "Foi um misto de alegria e ansiedade. Saí do Fórum com a notícia às 15h e às 18h já tinha comprado todas as coisinhas dele, estava tudo preparado para ele ir para casa comigo", conta, ao relembrar que na época preparava uma espécie de poupança na ansiedade deste momento.
Sobre a jornada solo, a mãe conta do desafio de ter que se desdobrar mais e ressalta a rede de apoio como fundamental no cotidiano. "Bruno sempre foi abraçado pela minha família e tem muitas referências como o padrinho, os tios e o avô", aponta.
Lourdes Missio é coordenadora do GAAD, organização sem fins lucrativos, formada por pessoas voluntárias que fazem parte da sociedade civil e possuem o foco de divulgar sobre adoção legal e humanizada. A busca principal do grupo é garantir um convívio familiar para crianças e adolescentes que estão longe do seio familiar biológico por razões diversas. "O Grupo cresceu muito e temos em média 200 pessoas por reunião", destaca Lourdes.
Compartilhando experiências junto aos participantes, Bruno fala abertamente do tema e, inclusive, atua com adolescentes que possuem vivências semelhantes. A mãe destaca que o rapaz tem facilidade em levar a temática ao público e, se mostra dia após dia interessado em contribuir com a sociedade, no que tange em apoiar de alguma forma as famílias no GAAD.
Como participar do GAAD Acolher
O Grupo realiza encontros mensais, sempre nas últimas quarta-feira de cada mês, às 19h30, no Lar de Crianças Santa Rita. O endereço é rua Toshinobu Katayama, n°1030. Podem participar do Grupo pessoas que anseiam adotar, as que estão a espera da adoção, pais em processo de aproximação e de adaptação, famílias constituídas pela adoção, simpatizantes da causa, profissionais ou futuros profissionais que atuam junto às famílias.
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