Anastácio

10/05/2024 15:00

Ex-vereador de Anastácio foi morto por PMs de folga em legítima defesa, diz advogado

Ex-vereador já estaria agressivo e proferindo diversas palavras ameaçadoras a alguns dos presentes, inclusive contra a própria mãe, afirma a defesa dos PMs

10/05/2024 às 15:00 | Atualizado 10/05/2024 às 16:31 Felipe Dias
Dinho morreu na BR-262, em Anastácio - João Éric / O Pantaneiro

Os dois policiais militares envolvidos na morte do ex-vereador Dinho Vital, assassinado a tiros no final da tarde desta quarta-feira (8), agiram em legítima defesa, alega o advogado Lucas Arguelho Rocha. 

Segundo a defesa dos policiais, ambos estavam no evento para confraternizar, sem qualquer vínculo de trabalho como segurança de qualquer político presente na festividade. 

Ainda conforme o advogado, os dois militares lamentam "profundamente" o acontecido, porém, eles teriam agidos em legítima defesa e apenas no cumprimento do dever legal, relata.

"Eles foram em direção à vítima na única intenção de intervir que um injusto maior acontecesse no evento, já que diversos presentes estavam comentando que o ex-vereador estaria retornando armado e muito exaltado", explica Rocha.

Segundo a versão da defesa, Dinho participava de uma festa em uma chácara, quando criou uma confusão por conta de política e foi retirado da festa por seguranças. O ex-vereador então retornou ao local armado, com a intenção de continuar a briga.

Durante a confusão, um dos policiais atirou contra Dinho, que morreu na BR-262, em Anastácio. O Corpo de Bombeiros foi acionado e constatou o óbito. A Polícia Militar, a PRF (Polícia Rodoviária Federal), a Polícia Civil e a Perícia Técnica também foram acionadas para a ocorrência.

Antes da tragédia, diz Lucas Arguelho, o ex-vereador já estaria agressivo e proferindo diversas injúrias e palavras ameaçadoras a alguns dos presentes, inclusive contra a própria mãe. Para evitar um mal maior contra os presentes, os policias resolveram agir, saindo em busca de Dinho, alega a defesa.

"Eles saíram na única e exclusiva intenção de intervir pacificamente, porém, no momento da abordagem, foram recebidos pela vítima com a arma em punho em direção dos mesmos. Na ocasião, eles ainda verbalizaram reiteradas ordens para largar a arma e que eram policiais, porém o mesmo não obedeceu e continuou em direção dos dois, momento em que reagiram através dos meios moderados para repelir injusta e atual agressão que certamente sofreriam", relatou o advogado.