Polícia

há 6 meses

Assassino de garota de programa cita bíblia e diz que a matou por ser 'impura'

Casa em que garota de programa foi assassina tinha objetos referentes a religiosidade, como bíblias e crucifixos

24/04/2024 às 13:00 | Atualizado 24/04/2024 às 19:01 Vinicius Costa e Méri Oliveira
O brutal assassinato aconteceu na casa do autor - Berlim Caldeirão/Redes Sociais

Em seu interrogatório para a polícia, Sergio Guenka, de 52 anos, afirmou que matou Cristiane Eufrásio Millan, de 42 anos, por ela ser garota de programa e consequentemente 'impura', conclusão que ele alega ter após ler a bíblia. A informação foi divulgada pela delegada Elaine Benicasa, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) em entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (23).

O homem desferiu mais de 36 golpes de faca contra a mulher - atingindo apenas um no pescoço e as demais no abdômen e tórax. O crime aconteceu no sábado (20) pela manhã, mas o corpo de Cristiane só foi encontrado na manhã desta segunda-feira (22).

Benicasa ainda afirmou que a casa onde aconteceu o feminicídio, foram encontrados objetos referentes a religiosidade, como bíblias e crucifixos. Esse último item em questão, havia vários espalhados pelos cômodos e o corpo da garota de programa foi encontrada exatamente na posição de crucifixo.

"Ele não menciona ter escolhido a vítima, só diz que teve alguns programas com ela, tanto na casa dela, como na casa dele, mas que neste dia ele resolveu tirar a vida dela, porque chegou a conclusão de que ela seria uma mulher impura e que a bíblia fala sobre isso".

O fato chamou a atenção dos policiais e a delegada disse que ficou estarrecida com tudo o que foi levantado nas diligências.

"Ele, ao mesmo tempo, demonstra uma loucura, mas, ao mesmo tempo, demonstra uma frieza, essa premeditação, a forma como ele coloca o corpo justamente para causar um impacto na mídia. Então são várias nuances desse crime que nos deixa estarrecidas".

Guenka ainda riu no interrogatório e disse que deixou o corpo de Cristiane na posição de crucifixo para ganhar mídia, pois queria ser famoso e não queria ser comparado ao Maníaco da Cruz.