09/04/2024 10:05
Bancada de Mato Grosso do Sul se divide entre apoio ao STF ou a Elon Musk
Polêmica começou na sexta-feira e agitou política e o judiciários mundial
Deputada petista do MS e parlamentares bolsonaristas repercutiram a polêmica envolvendo Elon Musk, o dono do antigo Twitter, que fez críticas ao Supremo Tribunal Federal, alegando censura nas redes sociais.
Camila Jara, que é pré-candidata à prefeita de Campo Grande e deputada federal, comentou no Instagram que ‘’ninguém está acima da lei’’ e que o empresário defende pessoas que usam as redes sociais para espalhar mentiras.
''Eu que te pergunto, Elon Musk: 'Por que tanta fake news nessa rede?''.
Bolsonaristas
O deputado federal bolsonarista, Luiz Ovando, também comentou o caso neste domingo (7). Ele postou que ''a censura e a restrição à liberdade de expressão são atos indignos de uma democracia''.
Ainda segundo o parlamentar, não se pode admitir que uma Corte se sobreponha à Constituição Federal, cerceando o direito fundamental de se manifestar livremente.
O federal Marcos Pollon entrou na discussão, ainda que discretamente. Ele republicou no Instagram um post de Elon Musk, que prometia detalhar o conteúdo dos pedidos do Tribunal Superior Eleitoral para derrubar contas de jornalistas e ativistas políticos.
''Eita pega'', exclamou o deputado bolsonarista em tom de surpresa e celebração da ideia do empresário.
Musk fez denúncias graves contra Moraes (Michael Gonzalez Gettyimages)
Entenda o caso
A polêmica começou na noite sexta-feira (5), quando Elon Musk, um dos homens mais ricos do planeta, questionou sobre o porquê do ministro do STF, Alexandre de Moraes, promover tanta "censura" nas plataformas de comunicação.
O empresário insinuou que não veria problema em ter a rede social fechada no País, já que os princípios estariam à frente do lucro. Ele também ameaçou liberar os perfis bloqueados por ordem do STF contra jornalistas e pessoas comuns, a maioria durante as eleições de 2022.
Um dos trechos da "denúncia" do dono do X é que a empresa era obrigada a suspender rapidamente perfis e não podia informar o usuário que era por ordem da Justiça e sim por violação dos termos de uso da plataforma. O bilionário reclamou de ameaça de prisão dos funcionários do antigo Twitter no Brasil.
O caso repercutiu no meio político e da Justiça brasileira. Em resposta, Moraes inseriu Musk, mesmo este não morando no Brasil e não tendo foro privilegiado, no Inquérito das milícias digitais. Também estipulou multa de R$ 100 mil por dia por cada perfil liberado por Musk sem autorização da Justiça.
Vale destacar que empresas que atuam no Brasil precisam se submeter às leis locais