Polícia

05/04/2024 17:16

Motorista de Porsche é indiciado pela morte de motoentregador na Antônio Maria Coelho

Suspeito afirmou que não se apresentou antes, pois não sabia como agir e ficou assustado com o caso

05/04/2024 às 17:16 | Atualizado 05/04/2024 às 17:18 Vinicius Costa e Méri Oliveira
Porsche Cayenne foi apreendido pela polícia - Berlim Caldeirão

O motorista, de 34 anos, acusado de atropelar e matar o motoentregador Hudson Oliveira Ferreira, na rua Antônio Maria Coelho, em Campo Grande, foi indiciado pela Polícia Civil nos crimes de praticar homicídio culposo majorado e omissão de socorro, além da evasão do local do acidente. O acidente aconteceu no dia 22 de março e a vítima faleceu no dia 24 na Santa Casa.

A investigação ainda prossegue no que tange a possibilidade de mais pessoas serem indiciadas pela omissão de socorro, como o funcionário que trabalhava com o motorista e estava no veículo no dia do acidente. Além disso, haveria uma terceira pessoa que teria favorecido o condutor, pois escondeu o veículo em uma residência.

O suspeito, inclusive, se apresentou na manhã desta sexta-feira (5) na sede da 3° Delegacia de Polícia Civil, que convocou uma coletiva de imprensa para apresentar os resultados da investigação. O Porsche Cayenne, conduzido pelo homem no dia do acidente, foi apreendido.

A delegada Priscilla Anuda, explicou que o motorista não foi preso, pois se apresentou na delegacia e também não havia constado pedido de prisão preventiva durante a investigação do caso. Em sua versão, o indiciado alegou que havia saído do serviço e retornava para a residência e que dirigiu acima do permitido, pois sua esposa está grávida e no dia do acidente estava passando mal.

"Ele simplesmente encostou nessa motocicleta e ele não percebeu que ele tinha encostado. Daí ele foi para casa, no dia seguinte, o funcionário dele avisou que achava que ele tinha causado um acidente, já que quando o funcionário retornava para o estabelecimento, viu o motociclista caído. Ele foi olhar o carro e viu uma pequena avaria, achando que não tivesse causado na grave", disse Anuda.

Para a polícia, o motorista relatou que não se apresentou antes porque não sabia o que fazer e que teria ficado assustado com a situação, procurando advogados e que estes comprovaram que ele estava saindo do trabalho em direção à residência onde mora, nas proximidades do acidente.

A delegada ressalta que para definir se o motorista estava em alta velocidade, o veículo vai passar por perícia e por um exame chamado fotogrametria, que vai ser possível afirmar se ele estava ou não em alta velocidade. Caso fique confirmado essa hipótese, ele também será indiciado pelo crime de dirigir acima do permitido em locais próximos a hospitais.