Polícia

03/04/2024 14:23

PSDB diz que prisão de Claudinho Serra não tem relação com mandato de vereador

Investida policial ocorreu em Campo Grande e Sidrolândia

03/04/2024 às 14:23 | Atualizado 03/04/2024 às 15:38 Thiago de Souza
Claudinho Serra foi preso por investigação em Sidrolândia - Google Street View

PSDB Campo Grande emitiu nota, nesta quarta-feira (3), a respeito da prisão do vereador Claudinho Serra, pelo Gaeco e Gecoc. O partido destacou que a investigação não guarda relação com o mandato dele em Campo Grande. 

''Por tudo que foi relatado pela imprensa, os fatos investigados são relacionados ao município de Sidrolândia'', diz trecho da nota. 

Ainda segundo a executiva municipal ‘’não há que se fazer juízo de valor nesta fase porque inquérito é mera investigação’’. Sendo assim, a legenda pretende aguardar o resultado da apuração, manifestação da defesa, do MPE-MS, além da Justiça. 

''Por fim, seguimos confiantes na justiça e no trabalho das autoridades'', finaliza o comunicado. 

Operação Tromper 

Vereador Claudinho Serra (PSDB) é um dos oito alvos de mandado de prisão por suspeita de fraude em licitações em Sidrolândia. A terceira fase da Operação ''Tromper'' foi deflagrada na manhã desta quarta-feira (3), em Campo Grande e na cidade vizinha. 

O suposto envolvimento de Serra na trama se deu porque ele foi secretário de Fazenda na cidade a 70 km de Campo Grande. A investida policial é comandada por dois grupos do MPE: Grupo Especial de Combate à Corrupção, o GECOC e Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado, o conhecido GAECO. 

Fraude

Segundo o Ministério Público do MS, a fraude em licitações já era investigada desde a gestão anterior, do ex-prefeito Marcelo Ascoli. No entanto, a investigação apontou nova ramificação do desvio de finalidades nos certames, dessa vez na área de engenharia e pavimentação asfáltica, envolvendo 15 milhões de reais. 

Além do parlamentar, outros sete mandados de prisão e 28 de busca e apreensão são realizados com apoio do BOPE e Batalhão de Choque, Força Tática e Assessoria Militar do MPE. 

Outro ponto destacado pelos grupos é que servidores públicos recebiam propina para avalizar as licitações junto a empresários. 

O TopMídiaNews mostrou, em maio do ano passado, parte das investigações sobre os crimes que ocorriam na gestão de Ascoli. As fraudes eram grosseiras e escancaradas, sendo uma delas na compra de materiais para construção. 

O relatório da investigação cita a participação de empresas que só existem no papel, sem qualquer estrutura física também chamou a atenção. Foi notada também ausência de demonstração de demanda dos produtos a partir do histórico de consumo e previsões futuras. 

Foi feito contato com assessor e pessoas próximas para pedir manifestação do suspeito. O espaço segue aberto.