Política

há 8 meses

Após denunciar colega, vereadora de Cassilândia tem carro perseguido em rodovia

Sumara Leal voltava de Campo Grande e disse ter visto quatro homens

26/03/2024 às 20:04 | Atualizado 26/03/2024 às 19:30 Thiago de Souza
Sumara narrou perseguição de dez quilômetros - Reprodução TV Câmara

A vereadora Sumara Leal revelou, nesta terça-feira (26), que o carro dela foi perseguido por um veículo suspeito, quando voltava de Campo Grande para Cassilândia, na sexta-feira (23). Na semana passada ela denunciou o presidente da Câmara por perseguição política e de gênero. 

A vítima narrou à Polícia Civil que seguia com mais três mulheres de Campo Grande para Cassilândia na tarde de sexta-feira (23) e parou em Água Clara, em um posto de combustíveis. Ela viu o grupo com os vereadores Luiz Fernando, Oba Oba, José Martiniano e o chefe da Câmara, Arthur Barbosa, de saída do local. 

Parte das mulheres havia ido ao banheiro e, ao retornar para entrar na caminhonete, as ocupantes viram o veículo com os vereadores trafegando em baixa velocidade. 

Ainda de acordo com o relato, o veículo das mulheres ultrapassou o carro suspeito, mas que este passou a seguir reiteradamente o carro com a vereadora. 

Foi dito também que, conforme o veículo da vítima acelerava, o dos suspeitos também e o mesmo ocorria quando o carro da frente reduzia a velocidade.

As viajantes tiveram que parar no acostamento e esperar o veículo com os suspeitos seguir em frente e cessar a perseguição. 

Presidente da Câmara nega violência de gênero (Foto: Reprodução Aparecida do Taboado)

Denúncias

Sumara foi articuladora da ''CPI do Gramão'', que investiga irregularidades do prefeito Valdecy Costa. 

Leal também denunciou o presidente da Câmara Arthur Barbosa Souza Filho por violência política de gênero, à própria Casa de Leis e também ao Ministério Público. 

Segundo a vítima, o presidente da Câmara cortou o microfone dela na sessão e, ao final sugeriu que se ''ela usasse o corpo para trabalhar, assim como usa a língua'', seria melhor. 

Sumara e a defesa dela pediram a cassação do presidente da Câmara, mas a sessão foi adiada para 1º de abril. O espaço está aberto para Arthur Barbosa e demais parlamentares. Arthur vem negando as acusações.