Política

08/02/2024 13:00

'Perseguição sim', dizem bolsonaristas do MS sobre operação da PF; Camila Jara ironiza

Operação autorizada pelo STF investiga tentativa de golpe de estado

08/02/2024 às 13:00 | Atualizado 08/02/2024 às 17:09 Thiago de Souza
Petistas e bolsonaristas repercutem ação da PF - Reprodução Instagram

Políticos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comentaram a ação da Polícia Federal contra ele e ex-ministros, suspeitos de tramar um golpe contra a democracia. A tese dos bolsonaristas é que a investida é pura perseguição política e jurídica. 

Pollon, que é o presidente do partido de Bolsonaro no MS, não fez postagem clara sobre o assunto. Ele publicou, ainda durante a execução da operação, um vídeo do escritor Olavo de Carvalho, já falecido. O filósofo fala sobre momentos da vida em que perdia quase tudo. 

''Sobrava somente uma coisa: sobrava Deus. Sobrava esperança do perdão dos meus pecados... '', traz a postagem. O TopMídiaNews tentou contato com a assessoria e em vários telefones, mas nenhum atendeu. 

O deputado estadual João Henrique Catan, do mesmo partido e fiel apoiador do ex-presidente, prestou solidariedade ao ex-chefe da Nação e reforçou a tese de perseguição. 

Onde fica a democracia quando colocam interesses pessoais ou políticos acima de tudo?’’, questionou Catan. Também observou que a ação contra o ex-presidente é uma cortina de fumaça para esconder outros assuntos relevantes. 

Capitão Contar, em vias de se filiar ao PL, não manifestou opinião nas redes sobre a ação do dia. Mas em outras postagens o militar da reserva sugere que as acusações contra Bolsonaro são frutos de perseguição política e jurídica. 

Print de Camila ironiza bolsonaristas (Foto: Reprodução Instagram)

Petistas

Camila Jara, pré-candidata à prefeita de Campo Grande e deputada federal pelo PT, usou de ironia. Ela publicou um print da notícia sobre a operação e disse: ''Bom dia''. 

Operação 

A PF detalhou que, nesta fase, a investigação recai sobre um grupo que se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a ocorrência de fraude nas eleições de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.

"O primeiro eixo consistiu na construção e propagação da versão de fraude nas eleições de 2022, por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022", diz a corporação.

De acordo com a PF, o segundo eixo de atuação consistiu na prática de atos para subsidiar a abolição do Estado democrático de Direito, por meio de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível.