Mato Grosso do Sul

há 10 meses

Agricultura familiar leva comida sustentável para alunos das escolas estaduais de Mato Grosso do Sul

O objetivo é fomentar o setor e levar produtos saudáveis para o cardápio dos alunos

26/12/2023 às 14:08 | Atualizado 26/12/2023 às 14:42 Felipe Dias
A produção faz parte das merendas escolares nas 79 cidades do estado - Bruno Rezende

A alimentação servida nas escolas estaduais de Mato Grosso do Sul é fruto do suor, dedicação e esforço dos agricultores familiares, assentados e indígenas. Com grande empenho e determinação, esses trabalhadores produzem e entregam alimentos sustentáveis e de qualidade para os alunos, refletindo um compromisso com a educação e a nutrição.

Na Rede Estadual, 30% dos recursos distribuídos às escolas para compra dos produtos da merenda escolar devem ser gastos com a agricultura familiar. O objetivo é fomentar o setor e levar produtos saudáveis para o cardápio dos alunos. São frutas, verduras, derivados do leite e até pães, produzidos pelos agricultores.

Mesmo enfrentando dificuldades e obstáculos pela frente, muitas vezes até com as intempéries do tempo, eles conseguem se organizar e fazer as entregas necessárias de seus produtos, abastecendo as escolas estaduais e fazendo parte das merendas escolares nas 79 cidades do estado.

A agricultora Janize Soares da Silva, de 49 anos, é um dos exemplos deste trabalho de sucesso. Há 22 anos morando no Assentamento Terezinha, em Sidrolândia, faz 15 anos que ela vende suas frutas, verduras e hortaliças para escolas estaduais da cidade.

Seus produtos são sustentáveis e sua preocupação é contribuir para que a merenda do aluno seja saudável e de qualidade. “Sempre tive o cuidado de fazer uma produção saudável, agroecológica, respeitando o meio ambiente. Entrego alface, cheiro verde, couve, cenoura, verduras e frutas para as escolas”, explicou a agricultora.

Na sua propriedade de 15 hectares, Janize atende as escolas estaduais Sidronio Antunes de Andrade e Kopenoti de Professor Lúcio Dias (aldeia), ambas em Sidrolândia. “A entrega para escolas é meu carro chefe, já que é uma venda garantida, ajuda muito na minha renda e faz a diferença no final do mês”, contou.

A Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) foi fundamental para ajudar em toda documentação que permitem a sua participação nas chamadas públicas. “No dia vou lá pessoalmente. Meu diálogo com os diretores é ótimo, quando temos algum problema ou imprevisto na plantação eles entendem e combinam as entregas para outras datas, até por terem outros fornecedores”.

Para fazer as entregas ela conta com dois colaboradores e, o que não vai para as escolas, ela vende nas feiras da cidade. “Minha satisfação é produzir algo saudável que vai chegar para as crianças nas escolas. No próximo ano queremos aumentar a produção e chegar a mais lugares, este é o nosso objetivo”, ponderou.