Polícia

11/12/2023 14:07

Justiça solta mulher que mantinha 100 animais em casa e viu irmão morrer em Campo Grande

Mulher chegou a ser presa por maus-tratos contra o irmão e contra os animais pela sujeira e devido a bichos mortos

11/12/2023 às 14:07 | Atualizado 11/12/2023 às 14:26 Vinicius Costa
Caso aconteceu no Universitário - Repórter Top

Mulher de 55 anos, presa na última sexta-feira (9), em razão de manter animais vivos convivendo com bichos mortos em sua residência, além de ver o irmão Neilton Soares Cabral, de 49 anos, morrer em meio a sujeira e falta de assistência, foi solta pela Justiça de Mato Grosso do Sul, após audiência de custódia.

Ela foi autuada por dois crimes, quando foi presa em flagrante: maus-tratos, se do fato resulta morte - em relação à vítima fatal, e praticar maus-tratos em animais se ocorre morte do animal. O fato aconteceu em uma residência no bairro Universitário, em Campo Grande.

A mulher passou por audiência de custódia neste domingo (10) e a juíza de plantão designou a liberdade provisória, entendendo que a acusada vive uma situação delicada, além de ter bons antecedentes, trabalho lícito - protetoras de animais e residência fixa.

"Assim, não obstante as condições precárias constatadas, supostamente imputadas e geradas também pela autuada, não se mostra razoável a manutenção de sua prisão", diz trecho do documento. A Justiça ainda pontuou medidas cautelares a serem cumpridas, como: proibição de 3 meses de acolhimento de animais desassistidos e comparecer a Funsat para captação de vaga de emprego.

O caso foi descoberto após a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros serem acionados para verificar uma pessoa morta em uma residência. Ao chegarem pelo local, visualizaram uma casa com ambiente insalubre, de difícil convivência e com fezes, além de animais vivos e mortos espalhados pela casa.

A Polícia Civil e a Polícia Científica estiveram pelo local. A Solurb foi responsável por retirar os animais mortos, enquanto pessoas que também trabalham com acolhimento de animais, ficaram responsáveis por dar prosseguimento no tratamento dos bichos que sobreviveram.