Depois que Lindomar Ferreira tomou a frente do DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena de Mato Grosso do Sul), o Conselho do Povo Terena divulgou uma nota pública contra a troca no comando e afirmou que a nomeação foi resultado de uma interferência política na Saúde Indígena do Estado.

Desde abril a função era exercida por Arildo Alves Alcântara, mas a nova nomeação não passou por consulta ao movimento indígena, pelo Secretário da SESAI e nem pela Ministra Sonia Guajajara.

“Importante salientar que desde o início da gestão do presidente Lula, todas as nomeações para a SESAI e FUNAI, estão passando por consulta ao movimento indígena organizado e em articulação com o inédito Ministério dos Povos Indígenas. Este foi um compromisso assumido pelo presidente, que garantiu que os cargos. relacionado a pauta indígena, não ficariam mais a mercê dos conchavos da velha política”, pontua.

De acordo com a nota, os deputados federais articularam de forma ilegítima a exoneração de Arildo Terena diretamente na Casa Civil.

“A nomeação de Lindomar representa ainda um grave retrocesso a saúde indígena, pois o mesmo estava nomeado no alto cargo de diretor do Ministério dos Povos Indígenas e foi exonerado por não se enquadrar a administração pública, pois não detinha conhecimento básico, sequer para ligar o computador”, afirma.

O conselho encerra a nota denunciando o que chamam de “manobras políticas” que colocam a saúde do nosso povo à mercê de interesses ilegítimos”. Ontem, indígenas fizeram protesto no DSEI de Campo Grande e prometeram invadir a instituição e bloquear estradas, em protesto contra a troca.