Polícia

27/09/2023 09:30

Na caça a matadores, polícia prende mais dois em operação na fronteira

Crime teve perseguição e troca de tiros

27/09/2023 às 09:30 | Atualizado 27/09/2023 às 09:15 Dayane Medina
Reprodução/Ponta Porã News

Na manhã de terça-feira, a Polícia Nacional e o Ministério Público do Paraguai realizaram quatro operações simultâneas em Pedro Juan Caballero, Departamento de Amambay, em busca dos autores do crime de Charles González Coronel, morto a tiros por pistoleiros e filho do suposto traficante de drogas Clemencio Gringo González.

As operações deixaram até o momento duas pessoas detidas, além da apreensão de armas de fogo, munições e dispositivos DVR que deverão ser utilizados para o avanço da investigação, informou Marciano Candia, correspondente do jornal paraguaio Última Hora.

Durante coletiva de imprensa, a promotora do caso, Katia Uemura, informou que os detidos foram identificados como o brasileiro Thiago de Souza, e Anibal Vera, de nacionalidade paraguaia, que foram apreendidos em diferentes locais durante o processo. A representante do Ministério Público disse ainda que as armas que foram apreendidas na operação serão avaliadas e comparadas com as capsulas que foram recolhidas no local do crime.

Charles González Coronel foi assassinado com quatro tiros por volta de 16h da na quinta-feira, 21 de setembro. Ele estava a bordo de um veículo Jeep, na companhia de Rony Justiniano Callaon, de nacionalidade boliviana, e de um paraguaio identificado como Jaime Verón Florentín, de 29 anos, quando foram seguidos por supostos pistoleiros.

González tentou se defender do ataque respondendo com tiros, mas foi seguido pelos criminosos contratados. A perseguição com troca de tiros dirigiu-se até à entrada da escola paroquial de Rosentiel, onde o veículo da vítima parou, pois já não conseguia prosseguir devido aos múltiplos disparos que recebeu em diversas partes do corpo.

O crime

O filho de Gringo morreu com 4 tiros e um dos feridos no tiroteio está em estado grave. Tanto Callaon quanto Verón tentaram fugir saindo do veículo, mas também foram atingidos por tiros, o primeiro no olho e outro na mão, e depois foram atendidos em um hospital privado da região. O boliviano foi posteriormente transferido para o Hospital Regional Pedro juan Caballero e segue em estado grave, sem que nenhuma informação tenha sido dada sobre o estado de saúde de Verón.

Baleado

Em 2011, Charles González já havia sido ferido por um tiro de arma de fogo após brigar com agentes da Polícia Federal brasileira, em uma boate em Ponta Porâ, Brasil. Seu pai é acusado de ser um dos traficantes de drogas mais perigosos da fronteira.