Polícia

05/09/2023 09:35

Suplente do PRTB, empresário Rodrigo Lins foi alvo de operação da PF

Em MS, Rodrigo Lins e assessora do deputado Rafael Tavares (PRTB) foram alvos da Operação Lesa Pátria que investiga organizadores de manifestos antidemocráticos

05/09/2023 às 09:35 | Atualizado 05/09/2023 às 09:53 Rayani Santa Cruz
Empresário Rodrigo Lins foi alvo da PF - Reprodução Facebook/ Rodrigo Lins

O empresário de Campo Grande, Rodrigo de Souza Lins foi um dos alvos da Operação Lesa Pátria da Polícia Federal na manhã desta terça-feira (5). Ele que é um dos últimos suplentes do deputado estadual Rafael Tavares (PRTB) teve 818 votos nas eleições de 2022, quando disputou.

Em MS a PF cumpriu 2 mandados de busca e apreensão hoje. Um na casa da assessora do deputado Rafael Tavares e outro na residência do empresário. Nas redes sociais, Lins se apresenta como bolsonarista e conservador. 

Operação

A Polícia Federal realiza, hoje, mais uma fase da Operação Lesa Pátria, e o objetivo é identificar pessoas que financiaram e fomentaram os fatos ocorridos em 8/1, em Brasília. Dessa vez a mira da PF foi na residência de uma assessora do deputado bolsonarista Rafael Tavares (PRTB) e de seu suplente Rodrigo Lins,  ambos investigados por organizar manifestos antidemocráticos.

Conforme a PF, um dos objetivos da ação é identificar os indivíduos que de alguma maneira participaram dos atos quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por indivíduos com violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas Instituições.

Questionado pelo TopMídiaNews se manterá a assessora em seu gabinete após a operação, o deputado retornou com mensagem dizendo que a ação teria objetivo de chegar até ele.

"O PT mandou a Polícia Federal fazer busca apreensão na casa da minha assessora. É óbvio que o objetivo dessa operação é chegar até mim. Que Deus nos abençoe e nos proteja!", disse Tavares.

Conforme a PF, estão sendo cumpridos 53 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, em São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná, Santa Catarina, Tocantins, Ceará e Minas Gerais

Foi determinada a indisponibilidade de bens, ativos e valores dos investigados. Apura-se que os valores dos danos causados ao patrimônio público possam chegar à cifra de R$ 40 milhões.

Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

As investigações continuam em curso, e a Operação Lesa Pátria se torna permanente, com atualizações periódicas acerca do número de mandados judiciais expedidos, pessoas capturadas e foragidas.

O espaço está aberto caso a assessora ou o empresário queiram se manifestar.