Polícia

02/09/2023 16:36

Suspeita de matar adolescente de 17 anos diz que tiro foi acidental

Caso a princípio é tratado como homicídio culposo, quando não há a intenção de matar

02/09/2023 às 16:36 | Atualizado 02/09/2023 às 16:40 Rayani Santa Cruz
Elianete foi presa em 2015 com grupo de homens e condenada por tráfico de drogas - Reprodução/ Arquivo Portal Correio do Estado

Elianete Ramona Monteiro, de 44 anos, presa em flagrante na madrugada deste sábado (2), diz que atirou acidentalmente em Wandré de Castro Ferreira, de 17 anos. O menor foi encontrado morto no quarto do apartamento dela, localizado no residencial Canguru, Jardim Canguru, em Campo Grande. 

Segundo o boletim de ocorrência, o caso a princípio é tratado como homicídio culposo, quando não há a intenção de matar. O delegado Felipe de Oliveira Paiva foi quem atendeu a ocorrência.

A equipe policial encontrou a suspeita sentada ao lado do corpo. Wandré foi atingido por um tiro de arma calibre 38 e segundo os policiais, Elianete entregou prontamente a arma do crime, que havia sido colocada em uma caixa de sapatos.

A suspeita tem quatro filhos, entre eles uma jovem de 25 anos que possui deficiência mental. Os outros são menores com idades de 10, 14 e 12 anos e disseram que não viram o incidente, já que a vítima e a mãe deles se encontravam no quarto dela. 

Em depoimento, a suspeita afirma que tinha a arma há um ano e que Wandré foi até sua casa para pegar a arma emprestada. Ela afirma que foi municiar a arma no momento em que efetuou o disparo contra Wandré que estava na sua frente. 

O boletim de ocorrência foi registrado como homicídio culposo e posse irregular de arma de fogo. Elianete tem passagens por tráfico de drogas e já cumpriu pena pelo crime.

Histórico

Em 26 de janeiro de 2015, Elianete foi presa junto a mais quatro homens todos acusados por tráfico de drogas. Eles foram apresentados na Denar (Delegacia Especializada de Repreensão ao Narcotráfico), em Campo Grande, onde a polícia informou que encontrou 370 kg de maconha e 4 porções de cocaína com o grupo.

O grupo foi localizado em uma casa, na Rua Julio Takeshi, no bairro Dom Antônio Barbosa. Na época, o delegado da Denar, João Paulo Sartori,  disse que a droga seria distribuída na região. A polícia chegou até os suspeitos através de uma denúncia anônima.