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09/08/2023 07:35

Ex-diretor da PRF Silvinei Vasques é preso em operação suspeito de interferir em eleições

A prisão ocorreu em Florianópolis

09/08/2023 às 07:35 | Atualizado 09/08/2023 às 07:26 Dany Nascimento
Valter Campanato/Agência Brasil

O ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Silvinei Vasques foi preso nesta quarta-feira (9), em uma operação sobre interferência no segundo turno das eleições de 2022.

De acordo com o G1, os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

No dia 30 de outubro, dia do segundo turno, a PRF realizou blitze que interferiram na movimentação de eleitores, sobretudo no Nordeste, onde Lula (PT) tinha vantagem sobre Jair Bolsonaro (PL) nas pesquisas de intenção de voto.

Na véspera, o diretor-geral da PRF havia declarado voto em Bolsonaro. Vasques é réu por improbidade administrativa nesse episódio.

No domingo do segundo turno, Alexandre de Moraes determinou a suspensão imediata das blitze, sob pena de prisão de Vasques. A ordem, no entanto, foi desrespeitada pela PRF.

Há ainda 10 mandados de busca e apreensão sendo cumpridos no Rio Grande do Sul, no Distrito Federal, em Santa Catarina e no Rio Grande do Norte contra diretores da PRF na gestão Silvinei. Não há mandados de prisão contra eles.

São alvos, além de Silvinei:

Luis Carlos Reischak, ex-diretor de Inteligência;

Rodrigo Hoppe, ex-diretor de Inteligência Substituto;

Wendel Benevides, ex-corregedor-geral;

Bruno Nonato, ex-PRF e hoje na Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT);

Anderson Frazão, ex-coordenador-geral de Gestão Operacional;

Djairlon Henrique Moura, ex-diretor de Operações; e

Antonio Melo Schlichting Junior, ex-coordenador-geral de Combate ao Crime.

Ainda como parte da operação, batizada de Constituição Cidadã, a Polícia Federal deve ouvir 47 membros da PRF.