23/07/2023 17:36
Gato por lebre? Cliente diz que pediu picanha e recebeu ''pedra'' na Spipe Calarge
Ela fez um alerta para pessoas que não conhecem os cortes bovinos em detalhes
Cliente desabafou nas redes sociais ao comprar uma porção de picanha mas receber uma carne dura, em um supermercado na Avenida Toros Puxian com a Rua Spipe Calarge, em Campo Grande.
No relato, feito no grupo do Facebook ''Aonde Não Ir em Campo Grande-MS (Oficial)'', a consumidora diz que a açougueira lhe vendeu um corte dizendo ser picanha.
''Ainda falei que estava magra demais, mas ela disse que era assim mesmo, mas que estaria bem macia'', detalhou a cliente na denúncia.
Ainda conforme a postagem, a autora classificou a carne recebida como ''intragável e extremamente dura''.
''Foi aí que eu percebi que fui enganada'', desabafou novamente a consumidora antes de fazer um alerta:
''Estejam atentos, principalmente pessoas que, assim como eu, não sabem muito de corte e acaba confiando na índole dos profissionais e do mercado'', concluiu a denunciante.
Conforme fotos postadas pela mulher, a etiqueta da pesagem consta como 844 gramas de ''picanha bovina fatiada''. O preço do quilo do corte sai a R$ 35,99, bem mais em conta que o preço de mercado da picanha tradicional, que custa a partir de R$ 90.
Diferenças
O caderno de Economia do site UOL trouxe, em março deste ano, que há grande diferença entre ''picanha'' ou ''picanha tradicional'' e a ''picanha fatiada''.
''A picanha fatiada não tem a mesma qualidade da picanha tradicional. A peça é a transição da picanha para o coxão duro, ou seja, é uma mistura dos dois tipos'', publicou o site paulista. Em outro trecho a matéria diz:
''O coxão duro é o músculo da perna do boi e, como o nome sugere, é mais rígido por causa das fibras ali presentes'' e que a ''picanha fatiada é retirada de uma peça inteira de picanha e separada para ser embalada a vácuo para venda''.
*Entramos em contato com o supermercado e aguardamos retorno. O espaço ficará aberto até o comércio entender necessário.
** Em tempo. A empresa se manifestou na manhã desta segunda-feira, mas evitou resposta por escrito. Um responsável lamentou que a cliente tenha usado o termo ''golpe'' e justifica que o corte é comprado de grandes frigoríficos há muito tempo e que seria de conhecimento da maioria das pessoas a diferença entre ''picanha'' e ''picanha fatiada''. O comércio diz pensar em parar de vender esse tipo de picanha para evitar transtornos como esse.
O supermercado também lamentou o fato da cliente não ter procurado o estabelecimento para resolver a situação.