04/07/2023 13:34
Natali recebeu conselhos da mãe, mas não conseguiu sair de relacionamento abusivo
Mãe ainda frisou que filha mudou completamente seu comportamento, se tornando uma pessoa triste
A mãe de Natali Gabrieli da Silva de Souza, de 18 anos, vítima feminicídio no último sábado (1°), revelou ter dado conselhos para sua filha, mas que não conseguiu livrar do relacionamento abusivo que vivia com Cleber Correa Gomez, de 30 anos.
Ela passou por depoimento na manhã desta terça-feira (4) na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), no qual o TopMídiaNews teve acesso ao documento. A mãe era uma das pessoas que faltavam ser ouvidas para dar prosseguimento na investigação.
Em trecho de seu depoimento, a mãe conta que Natali passou a morar com Cleber há quatro meses, mas sabia do relacionamento conturbado entre eles, pois a jovem conhecia seu companheiro desde os 14 anos.
Na presença dos policiais, a mulher relembra que com o relacionamento entre eles, Natali mudou completamente de comportamento, saindo de uma pessoa alegre e família, para uma pessoa triste e silenciosa.
Ela relatou ainda que a filha não contava nada para sua mãe e evitava a convidar para entrar na sua residência, que era só de acesso de pessoas próximas a Cleber.
A família está sendo assistida pelos advogados Katiussa do Prado Jara, Pablo Neves Chaves e Camila Garcia de Rezende.
5° feminicídio de Campo Grande
Natali Gabrieli foi esfaqueada por mais de 15 vezes no início da manhã de sábado, após ter uma discussão com Cleber enquanto acontecia uma festa na residência do casal.
Antes de ser esfaqueada até a morte, ela foi atingida por uma garrafa na cabeça e saiu correndo pela rua Leopoldina de Queirós Maia, quando foi alcançada pelo assassino.
A Perícia Científica encontrou cacos de vidro e marcas de sangue na cozinha da residência. A Polícia Civil segue investigando o caso e deve ouvir outras pessoas antes de finalizar o inquérito.
Cleber tentou se esconder na casa da irmã após cometer o crime, mas foi encontrado por investigadores do GOI (Grupo de Operações e Investigações), onde foi preso em flagrante.