31/05/2023 13:00
Famílias imploram por ampliação de escolas integrais de Campo Grande
Pais estão aflitos com mudanças das Emeis de tempo integral para escolas de meio período
Mais escolas municipais de tempo integral é o desejo dos pais, com filhos a partir de 4 anos, em Campo Grande. O motivo? A migração das Emeis (Escolas Municipais de Educação Infantil) de tempo integral para escolas de meio período.
Atualmente, apenas 5 escolas em toda cidade são de tempo integral pela rede municipal, e pais que deixam seus filhos nas Emeis, pedem ampliação dessas unidades em grandes bairros.
O apelo sequer foi respondida pela Semed (Secretaria Municipal de Educação), procurada diversas vezes pela reportagem, por e-mail e telefone.
Quem tem filho pequeno sabe como é a correria de acordar cedo, arrumar a criança, passar e deixar o filho na escola e ir trabalhar. Quando a criança tem entre 3 e 4 anos, elas tem acesso ao ensino nas Emeis.
A partir dos 4 anos, a criança deve ser matriculada nas escolas da rede municipal, onde a maioria na cidade são de meio período.
A preocupação das mães é que aquela criança que ficava o dia todo na escola enquanto trabalham, agora fique meio período e precise ficar aos cuidados de outra pessoa no contra turno.
"Minha filha fica o dia todo na 'creche' e não moro próximo de parentes, ano que vem ela vai estudar meio período porque não tem uma escola de tempo integral para ela próximo a minha casa, me sinto preocupada em deixar ela aos cuidados de alguém que eu nem conheço direito", relata a mãe, 21 anos.
Assim como ela, outros pais citam a quantidade de escola estadual em tempo integral em comparação as do município.
"Hoje, adolescentes que sabem se virar sem necessitar de cuidados como crianças, passam mais tempo nas salas de aulas, enquanto os pequenos, precisamos deixar com outras pessoas, pois não temos escolas integrais suficientes para atendê-los", opina um pai, que preferiu não se identificar.
O pedido é de, ao menos, uma previsão de ampliação dessas unidades em Campo Grande, já que muito não possuem ao menos condições financeiras para pagar uma pessoa para ficar o outro período com o filho.
"Vou me sentir segura em saber que minha filha continua estudando o dia todo, está num ambiente onde vai receber educação e meu coração ficará em paz para trabalhar com tranquilidade, sem medo de deixá-la com qualquer um", reforça a jovem mãe.
A reportagem entrou em contato com a Semed através de e-mails e com o secretário de Educação para verificar se há estudo para ampliação dessas escolas em Campo Grande, mas até o fechamento da matéria não havia respostas.