06/05/2023 10:15
Falsos policias acusados de extorsão em Dourados vão ficar mais tempo na cadeia
Eles foram presos em flagrante quando tentavam extorquir um contrabandista de cigarro
Após audiência realizada na última quinta-feira (4), a 2ª Vara Criminal de Dourados converteu o flagrante de José Carvalho de Almeida, de 41 anos, e Wagner Renan Marques, em prisão preventiva. Eles foram flagrados quando tentavam extorquir um contrabandista de cigarro se passando por policiais.
A prisão dos envolvidos ocorre na rua das Amoreiras, Jardim Colibri, após denúncia feita por policiais militares da Força Tática.
Segundo o Dourados News, para justificar tal medida, o magistrado citou que as ações da dupla se tratavam de grave ameaça à pessoa mediante ao pagamento para uma suposta proteção policial.
“Nesse contexto, observo que se trata de suposto delito cometido pelos autuados com grave ameaça a pessoa, mediante simulação de que eram policiais, os quais exigiam a entrega da quantia de R$ 10.000,00 (dez mil reais), o que, por si, exige postura mais rígida do Estado-juiz na eventual concessão de benefícios como a liberdade provisória”, diz o juiz em sua argumentação.
A Justiça também autorizou a perícia e quebra de sigilo dos dados dos dois indiciados. Os aparelhos foram apreendidos durante os trabalhos de investigação.
Wellington, chegou a jogar um dos telefones no momento que seria abordado pelas equipes.
“Defiro a perícia nos celulares apreendidos nos autos, mediante a quebra de sigilo de dados das comunicações telefônicas dos indiciados, consistentes em ligações, mensagens SMS, aplicativo WhatsApp ou outros similares habilitados no aparelho”, relata trecho da decisão do magistrado, que determinou ainda a realização de exames de corpo de delito nos homens presos após relato de terem sofrido agressões.
O caso
Wellington e Wagner foram presos na tarde de quarta-feira em Dourados acusados de extorsão e falsidade ideológica.
Conforme boletim de ocorrência registrado, uma pessoa foi abordada por Wellington, que se apresentou como policial e exigiu pagamento de R$ 10 mil para não o prender por contrabando de cigarro.
Após a denúncia, policiais civis do SIG iniciaram a investigação do caso e na tarde de quarta-feira, sob coordenação do Erasmo Cubas e apoio da Força Tática, efetuaram a prisão dos suspeitos no Jardim Colibri.
Quando as equipes chegaram, Wellington arremessou o aparelho de telefone celular em um terreno baldio.
Na mesma ação, os policiais apreenderam os celulares, dois rastreadores, vestimentas de forças de segurança pública, arma de fogo e um VW Gol. Todo material foi encaminhado para delegacia.