A confirmação da morte da jovem Karolina da Silva Pereira, de apenas 22 anos, causou comoção e grande revolta na sociedade campo-grandense nesta terça-feira (2).

Ela foi atingida por um disparo na cabeça efetuado pelo seu ex-namorado, Messias Cordeiro de Lima, de 25 anos, na madrugada de domingo (30), no Jardim Colibri.

Nas redes sociais um misto de lamentação e revolta com a situação que deixou a população inconformada, principalmente por se tratar de uma morte cruel, que ceifou não só a vida dela, mas também de seu amigo Luan Roberto de Oliveira, de 24 anos, e que estava na companhia da jovem.

"Até quando Deus isso vai continuar? Até quando teremos mulheres assassinadas por esses monstros covardes que se sentem seus donos como se fossem suas propriedades? Me solidarizo com a dor dessas duas famílias enlutadas. Que Deus conforte e traga alento aos corações”, comentou uma internauta.

Indignado com a morte da jovem, outro internauta lamentou a fragilidade das leis e alertou para punição mais rígida para quem comete esse tipo de crime.

“Agora pronto a pessoa não quer mais a relação aí tem que matar. Por favor, usa uma lei, mas rígida porque quando for um filho de vocês, só aí que dói? A lei do Brasil e muito branda. Que Deus console essas duas famílias enlutada”.

Morte de Karolina

A morte encefálica de Karolina foi constatada por volta das 15h20 da tarde. A Santa Casa, oficialmente, registrou o óbito às 16h18, após o coração da jovem parar por conta de uma parada cardiorrespiratória.

A mais nova vítima de feminicídio foi atingida enquanto chegava na sua residência, na rua Enzo Ciantelli, e por conta do tiro atingir sua cabeça, ela teve perda de massa encefálica, sendo socorrida em estado gravíssimo para a Santa Casa.

Ela permaneceu internada no CTI (Centro de Tratamento Intensivo), enquanto os médicos tentavam uma última cartada para reverter o quadro de saúde da jovem.

Karolina Pereira estava na companhia de Luan Roberto de Oliveira, de 24 anos, quando sofreu a emboscada de Messias. O jovem também foi assassinado a tiros pelo suspeito, que se apresentou no mesmo dia do crime e confessou o crime.

Em audiência de custódia, Messias teve sua prisão convertida em preventiva pela Justiça de Mato Grosso do Sul pelos crimes de homicídio qualificado e tentativa de feminicídio - já que a audiência aconteceu antes da declaração do óbito de Karolina.

Ele não aceitava o término da relação, que havia acabado há cerca de uma semana e meia.