12/04/2023 07:00
Alertas de massacre se misturam com trotes de adolescentes e pioram situação em Campo Grande
TopMídiaNews já noticiou cerca de 15 casos no Estado e pais se apavoram
Ameaças de ataques, endereçadas a diversas escolas, se misturam com trotes, passados por adolescentes, e intensificam o cenário de medo entre pais e professores, em Campo Grande. Já passam de 15 alertas, mas nenhum concretizado até o momento.
As mensagens ameaçadoras se intensificaram, novamente em 2023, após o ataque à Escola Estadual Thomázia Montoro, em 27 de março, em São Paulo. E o cenário só piorou quando da invasão a uma creche, em Blumenau, no dia 5 de abril, quando quatro crianças morreram a facadas.
O ''Massacre de Blumenau'' fez explodir os casos de intimidações contra escolas da Capital do MS. Os suspeitos usam perfis falsos em redes sociais para alertar que, em breve, vão promover matança naquela unidade escolar.
No entanto, há quem envie ameaças sem intenção de concretizar o ato, apelas pelo prazer em ver pessoas apavoradas ou para tirar alguma vantagem. Uma jornalista, de 31 anos, diz ter ouvido relatos nesse sentido.
''Adolescentes me confessaram outro dia que escreveram a ameaça para tentar suspender as aulas. Uma brincadeira infeliz, que precisa ser analisada com atenção'', refletiu a profissional, que não quis se identificar. Ela acrescentou que as crianças e adolescentes devem ser ensinadas – em casa – sobre a gravidade de uma atitude dessa.
Alguns pais e responsáveis informam que, a cada ameaça que acabam tendo conhecimento, se mostram apavorados.
''Como vamos ficar em paz, sossegados, com nossos filhos na escola? Lugar que era para ser seguro está virando tragédia'', desabafou uma mulher, na seção de comentários de uma reportagem sobre o tema.
Em duas escolas, uma no Tarumã e outra na Moreninha IV, pais fizeram protesto pedindo paz e cobrando segurança nas unidades. A maioria entende que é preciso um profissional da Segurança Pública na porta das escolas.
Além de ameças, escolas sofrem com brigas reais no MS. (Foto: Repórter Top)
Violência real
Escolas do Mato Grosso do Sul têm sido palco de diversos episódios de violência. O TopMídiaNews noticiou, em 24 de março, um caso que, durante uma briga com outro aluno, um adolescente sacou uma réplica de pistola, que foi tomada pelo diretor, inclusive com o uso de força moderada.
Em Corumbá, duas estudantes de uma escola estadual trocaram agressões, sendo que uma puxou uma faca a acertou a outra, em 29 de março. Já houve apreensão de canivete com crianças e de um ''soco inglês'', nesta terça-feira (11).
Mensagens
Outras dezenas de escolas no MS também foram palco de terror, não fisicamente, mas psicologicamente. Mensagens diversas davam conta de possibilidade de ataque em massa. Em algumas situações, alunos foram dispensados das atividades escolares.
Houve ocorrências na Escola Estadual Blanche dos Santos Pereira, no Tijuca. Aliás, esse fato ocorreu menos de 72 horas após intimidações contra a Escola Municipal José Mauro Messias, na Moreninha IV.
Nesta segunda-feira (10), ameaças de massacres chegaram às escolas estaduais, Flavina Maria da Silva, no Jardim Morenão e Maria de Lourdes Toledo Areias, no Jardim Rouxinóis.
Monitoramento
A Secretaria Estadual de Educação informou que, nesses casos, segue um protocolo, que é comunicar aos órgãos de segurança pública e monitorar os desdobramentos por intermédio das Coordenadorias de Gestão Escolar e de Psicologia Educacional.