28/03/2023 13:55
Família lamenta ataques e diz que morto pela esposa não era agressor
Golpes de faca começaram em casa e terminaram na rua Cascais, no Jardim Morenão
A família de Carlos Henrique de Oliveira, 42 anos, morto a facadas pela esposa, Josiley Fernandes Ribeiro, 43 anos, no domingo (26), em Campo Grande, está revoltada. Os parentes negam que Oliveira agredia e esposa e lamentam os comentários maldosos nas redes sociais.
A reflexão dos parentes veio por meio de nota à imprensa, escrita pelo advogado José Belga Trad. Ele destacou que a família está enlutada e se surpreendeu com postagens nas redes sociais, apontando Carlos Henrique como agressor de Josiley.
No texto, o advogado dos familiares reflete que a luta contra a violência doméstica é compartilhada entre eles e a sociedade civil, mas a vítima não pode ser tachada de agressora.
''... há inúmeros indícios de que a versão da autora do crime não se sustenta, o que será esclarecido pela investigação policial que está em curso’’, escreveu Trad, destacando que não é justo tomar a versão da suspeita como sendo a ''verdade'' dos fatos.
''Carlos era filho, irmão, sobrinho, neto e amigo de pessoas que muito o amavam e respeitavam, com quem ele nutria relações de profunda admiração e carinho... pedimos respeito a sua memória, responsabilidade e compromisso com a apuração isenta dos fatos'', finalizou o advogado.
Josy e testemunhas dizem que Oliveira era agressor. (Foto: Facebook)
O crime
Josiley esfaqueou o esposo, Carlos Henrique, na madrugada de domingo (26), dentro do apartamento onde moravam, na Rua Cascais, no Jardim Morenão, em Campo Grande.
Há testemunhas que dizem que Oliveira estava batendo na esposa, quando ela reagiu e deu facadas nele. Ela foi presa em flagrante, alegou legítima defesa e solta em audiência de custódia, na manhã de segunda-feira (27).
No entanto, outra pessoa teria visto o homem caído ao solo, já golpeado e mesmo assim a suspeita deu mais facadas.
Nas redes sociais, houve milhares de comentários sobre o caso, sendo, quase a totalidade, justificando o assassinato, em razão das mulheres não mais suportarem notícias de violência doméstica e feminicídios.