Polícia

26/03/2023 15:45

Criança não tinha costume de manusear, nem habilidade para usar arma no Coophavila

Tiro acidental é a principal linha de investigação da Polícia Civil para o caso

26/03/2023 às 15:45 | Atualizado 26/03/2023 às 13:51 Vinicius Costa
Gedeon faleceu ao dar entrada no Hospital Regional - Reprodução/Redes Sociais

A falta de manuseio e habilidade de Gedeon Fernando Martínez da Silva, de 12 anos, pode ter culminado no tiro acidental, uma das linhas de investigações da Polícia Civil que apura a sua morte, ocorrida na noite deste sábado (25), no bairro Coophavila, em Campo Grande.

A informação e até mesmo um aviso para outros pais foi dado pela delegada Karen Viana de Queiroz, da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).

Outra questão envolvendo, e que intriga a investigação, é o lugar em que a arma estava guardado, mas que foi de fácil acesso para a criança pegar e mexer. O revólver, em questão, é do avô da criança, de 59 anos, que trabalha como vigia.

O avô ainda não compareceu para prestar esclarecimentos e seguiu a recomendação de um advogado, onde consta no boletim de ocorrência, que deve se apresentar em outro momento.

"Vão ser realizadas diligências para ver quem compareceu nessa residência, quem pode ter manuseado ou não a arma e avô ainda não compareceu para prestar esclarecimento. A princípio, trata-se aparentemente de um disparo acidental ou suicídio", destacou a delegada.

Diante desse cenário, é aguardado os exames de laudo necroscópico e também do local para que a Polícia Civil tenha ciência real da dinâmica de como tudo aconteceu.

A cena do crime, inclusive, foi descaracterizada, pois a família logo após ouvir o disparo, arrombou a porta do quarto do avô da criança e socorreu o menino em direção ao Hospital Regional, mas por conta do ferimento na sua cabeça, ele não resistiu.

"A gente só vai conseguir constatar com a dinâmica dos fatos após a elaboração do laudo pericial condizente com o exame de local", finalizou a delegada.

O caso ainda está sendo investigado e deverá ser encaminhado para a Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente).