14/03/2023 17:00
'Achei que ia morrer', afirma tatuador sobre a noite do ataque (vídeo)
Leandro ainda agradeceu a todas as pessoas que contribuíram com a vakinha
A equipe do TopMídiaNews conversou na tarde desta terça-feira (14), com o tatuador Leandro Coelho Marques, de 31 anos, que foi atacado pela ex-mulher, Sônia Obelar, de 41 anos, na noite de 22 de fevereiro no Jardim Aero Rancho, em Campo Grande e, como consequência, acabou ficando cego.
A serenidade de Leandro ao falar é altamente contrastante com a violência do ataque sofrido por ele naquela noite. “No dia do ocorrido eu achei até que eu ia morrer, porque foi uma sensação muito difícil, muito delicada, quando ela ‘tacou’ aquele líquido no meu rosto, fui perdendo a visão muito rápido e foi queimando o meu rosto como se estivesse pegando fogo, mesmo, então, eu fui perdendo as forças, eu achei que eu ia morrer no momento”, relembra.
Sobre a nova realidade, Leandro afirma que pensa todos os dias a respeito do procedimento pelo qual deve passar dentro de quatro meses. “O que me passa na cabeça é que esse procedimento seja feito com sucesso. A gente acorda todos os dias pensando que a gente pode voltar à nossa vida normal, podendo ver de novo, que é o meu sonho, poder ter um bom tratamento, um, bom desenvolvimento... eu espero que dê tudo certo.”
Marques conta que os médicos explicaram a ele que o tratamento será feito em etapas, nas quais ele deve passar por dois procedimentos, a fim de reconstituir camadas do globo ocular, antes de fazer o transplante de córnea. Ele ainda comentou que o olho direito foi o mais afetado e o esquerdo é o que tem mais chances de recuperação e posterior reabilitação.
Às pessoas que contribuíram com a vakinha, Leandro afirma que o sentimento é de gratidão. “Muita gratidão! Eu agradeço a Deus por ter levantado pessoas maravilhosas, como as que estavam me ajudando, me enviando mensagens de motivação à minha vida, mensagens de ânimo, de positividade... Eu agradeço muito, sou muito grato. Até porque eu nem esperava, pela quantia de pessoas que estavam me ajudando, operando comigo, me ligando, as pessoas que disponibilizaram seu tempo para me mandar mensagens, me ajudando financeiramente, mesmo, eu não tenho nem como agradecer, tenho um carinho muito grande por essas pessoas”.
O relacionamento conturbado
Leandro conta que chegou a ser casado com Sônia, no civil, durante um período aproximado de cinco anos, e que havia cinco meses que estavam separados quando houve o ataque, mas ela não aceitava a separação. Para quem passa por relacionamentos abusivos, ele aconselha a buscar solução o quanto antes.
“Procure resolver da melhor forma possível, não deixe chegar no ponto que chegou a minha situação. Eu sempre tentei resolver de forma mais tranquila, até me prontifiquei a ajudar a pessoa, sempre explicando que não era bem assim que se resolvia as situações, e acabei me ‘lascando’ na situação, então não vale a pena. Do mesmo jeito que ela acabou com a minha vida, ela complicou a vida dela. Então, a gente tem que aprender a resolver as coisas da melhor forma possível, para que a gente possa sair bem dos dois lados.”
Assista na íntegra: