APOSENTOU DA PM POR INVALIDEZ

14/02/2023 17:00

PM assassino se aposentou por problema mental, mas tirou CNH 'especial'

Ele é habilitado para dirigir veículos com oito pessoas; para atuar com motorista de veículos grandes, interessado passa por exames psicológicos

14/02/2023 às 17:00 | Atualizado 14/02/2023 às 16:19 Thiago de Souza e Vinícius Squinelo
Militar com problema psicológico podeia transportar passageiros - Marco Codignola e Repórter Top

Policial militar aposentado, José Roberto de Souza, 53 anos, entrou para a reserva por ter transtornos psicológicos, em Campo Grande. Ele é o principal suspeito de executar o empresário Antônio Caetano  de Carvalho, 67 anos, durante audiência de conciliação no Procon-MS, na manhã desta segunda-feira (13). 

Conforme apurado pelo TopMídiaNews junto à assessoria da PM, o militar foi colocado na reserva em 2011 e em 2015 foi reformado. Constou, em Diário Oficial, que a saída da ativa se seu em razão de ''incapacidade definitiva''. 

CNH

Apesar da constatação de problemas de natureza psicológica, nada impediu Jose Roberto de ter Carteira de Habilitação ''AD'' válida até 2024. O detalhe é que o militar aposentado pode transportar passageiros, em veículos com oito pessoas mais o motorista. 

O crime

Conforme divulgado pela Polícia Civil, José Roberto de Souza não teria ficado satisfeito com a venda de um produto ou serviço feito por Antônio Caetano, avaliado em R$ 630. Ele acionou o Procon-MS e os dois estavam no órgão estadual para fazer a conciliação. 

Segundo o delegado Willian Rodrigues de Oliveira Junior, o suspeito ''perdeu a cabeça'' e atirou contra o empresário. 

Ainda segundo Oliveira Junior, a morte foi presenciada por pelo menos três funcionários do órgão estadual. Ele detalha que foram três tiros disparados, sendo que dois acetaram a cabeça do empresário, que morreu no local. 

José Roberto está desaparecido desde o momento do crime. Ele fugiu com a arma usada no assassinato e foi visto andando pelo centro da cidade, ainda nesta segunda-feira (13). 

Pânico

O assassinato provocou pânico entre funcionários do órgão estadual. Quem trabalha acima do primeiro andar do prédio, ficou retido nas salas, por medo do suspeito. Uma testemunha relatou que telefonava para os colegas, mas ninguém atendia.