10/02/2023 16:27
Juiz bloqueia contas de empresa que deu golpe em alunos de Medicina da UFMS
Suspeitos sumiram com R$ 578 mil e há outras vítimas no País
O juiz Juliano Rodrigues Valentim determinou o bloqueio das contas bancárias, de três empresas de Santa Catarina, cujos sócios são suspeitos de darem um golpe em formandos de Medicina da UFMS, em Campo Grande. Os envolvidos sumiram com R$ 578 mil.
O pedido de tutela de urgência foi feito pelo advogado Leonardo Avelino Duarte, que representa a comissão de formatura e aceito pelo magistrado.
Conforme a decisão, foi concedida tutela de urgência, para que a conta corrente criada pela comissão, junto dos empresários, fosse bloqueada. O banco responsável terá de prestar todas as informações sobre a movimentação dos valores.
Ainda segundo a ordem, também deverão ser retidos até R$ 700 nas contas dos empresários e os valores transferidos para conta indicada no processo.
O juiz Juliano Rodrigues justificou que a medida é urgente, já que existe risco dos suspeitos dissolverem o patrimônio.
''sendo fato público e notório que a empresa ré está se furtando ao cumprimento de suas obrigações, conforme amplamente noticiado pela mídia local e nacional, havendo nos autos, ainda, indícios de encerramento das atividades'', refletiu o magistrado.
A decisão do juiz da 3ª Vara Residual, foi assinada no dia 8 de fevereiro.
Golpe
Empresário Ricardo do Prado Aguiar, de Santa Catarina, e um sócio dele, sumiram com cerca de R$ 578 mil, pagos por uma comissão de formandos de Medicina, da UFMS, em Campo Grande. Os valores eram depositados pelos estudantes, a fim de bancar festas e outros eventos relacionados à conclusão da graduação.
No início de janeiro deste ano, integrantes da Turma de Medicina souberam que o empresário não realizou o baile de formatura de graduandos de Medicina da Unicesumar, em Maringa (PR), sendo que o caso foi parar na Justiça.
Ainda conforme detalhado à polícia, ao saber do calote em outra universidade, a presidente da comissão de formandos da UFMS, verificou o andamento do contrato com Ricardo, o sócio e a Brave Brazil. Ao consultar o extrato da conta, foi surpreendida ao ver que, em vez de R$ 578.644,37, juntado pelos futuros medicos, havia somente R$ 36 mil.
Além disso, faltava assinatura do contrato referente ao espaço para a festa, que já havia sido autorizada pela comissão. Com o passar dos dias, o saldo reduziu para R$ 7 mil (na segunda-feira, 7 de janeiro) e hoje não há mais nada.
Os envovidos chegaram a agendar encontro com a presidente da Comissão de Formatura, mas não foram. Desde então, diz a defesa, não fizeram mais contato. De qualquer forma, o espaço para os citados está aberto.