Polícia

08/02/2023 15:25

Atentado contra jovem na Nhanhá seria passional; mandante seria primo

Vítima teria 'dado em cima' da mulher do primo, que contratou dois pistoleiros para matá-lo; um foi morto em confronto com o Choque

08/02/2023 às 15:25 | Atualizado 08/02/2023 às 15:39 Vinicius Costa
Caso aconteceu no Jardim Centro-Oeste - Divulgação/Batalhão de Choque

O atentado contra um jovem, de 19 anos, na madrugada desta quarta-feira (8), no Jardim Nhanhá, em Campo Grande, foi motivado por um envolvimento com a mulher do seu primo, de 34 anos, acusado de contratar dois pistoleiros para matar a vítima. Ele foi preso como coautor da tentativa de homicídio.

Segundo consta no boletim de ocorrência, o homem alegou para os policiais que seu primo, o jovem de 19 anos, havia dado em cima de sua mulher e por isso contratou um "amigo", identificado como Adriano Ferreira da Luz Junior, de 20 anos, que aproveitou para usar um comparsa na tentativa de homicídio.

Ele teria indicado que viu o jovem chegar na noite de ontem na casa, localizada na rua Inês Corrêa da Costa. Pela madrugada, os atiradores então partiram para o endereço e dispararam diversas vezes, mas que todas acertaram paredes, portão e porta do imóvel.

Ao todo, foram recolhidas 14 cápsulas de 9 milímetros pelos policiais. O Batalhão de Choque tomou conhecimento da situação e passou a realizar diligências, encontrando o homem que arquitetou o crime. Ele indicou onde o atirador estaria, que seria na casa de um tio, no bairro Jardim Centro-Oeste.

Quando chegou no local, os militares fizeram buscas pela casa e encontraram Adriano em um cômodo, se armando com uma pistola e apontando para os policiais, que desarmaram o suspeito dando um tiro de contenção. Ele chegou a ser socorrido com vida, mas morreu no UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário.

Três vezes

A vítima que seria alvo dos pistoleiros sofreu seu terceiro atentado em menos de 60 dias. O primeiro atentado aconteceu no dia 21 de dezembro, quando ele estava na casa da avó na Vila Piratininga. No dia 12 de janeiro, 21 dias depois, o rapaz sofreu um novo atentado.

A vítima estava próximo a uma barbearia na Vila Nhanhá quando foi atingido com um tiro no braço disparado por dois rapazes em uma motocicleta. O jovem solicitou uma corrida de aplicativo e foi até a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) no Leblon.

Dessa vez, a casa que seria de sua irmã, foi alvejada com pelo menos 14 disparos.