Polícia

02/02/2023 09:02

Polícia liberta jovem que morava com estuprador há 4 anos e vivia em cárcere em Campo Grande

Vítima tinha 14 anos quando a mãe iniciou a exploração sexual e foi obrigada a casar com estuprador após engravidar

02/02/2023 às 09:02 | Atualizado 02/02/2023 às 11:48 Dayane Medina
Wesley Ortiz

Jovem de 18 anos e os filhos, de 2 e 3 anos, foram resgatados, na noite desta quarta-feira (1°), de residência onde vivia em cárcere pelo marido, de 50 anos, no Jardim Itamaracá, em Campo Grande. A menina é casada desde os 14 anos, quando começou ser explorada sexualmente pela mãe.

A Polícia Militar foi acionada para atender uma ocorrência de violência doméstica, mas chegando na residência descobriu que o caso era ainda mais grave. A vítima relatou que tem um relacionamento matrimonial com o suspeito há mais de 3 anos, desde que sua mãe começou a lhe prostituir. 

Na época, com 14 anos, a adolescente engravidou quando fazia programas para a mãe e foi obrigada a casar com o estuprador, com quem agora tem dois filhos. Desde que se uniu ao abusador, a jovem sofre com agressões e cárcere.

Ainda segundo relato da vítima, o homem sai e deixa a jovem trancada com os filhos em casa, não permite que ela trabalhe e esconde o cartão de benefício para que ela não utilize o dinheiro. Ela também é agredida e estuprada pelo marido.

Ontem, a jovem conseguiu pedir ajuda da irmã, que estava no imóvel com ela, e acionar a polícia. Sem apoio dos demais familiares, ela ainda relatou que a mãe sofre com problemas psiquiátricos e não faz tratamento adequado, vivendo sempre sob efeito de álcool.

Policiais encontraram marcas pelo corpo da jovem de agressões anteriores, além das agressões daquele dia. O autor fugiu assim que soube que a polícia havia sido acionada.

Desesperada e desamparada, a vítima pediu abrigo na Casa da Mulher Brasileira e apresentou o desejo de se separar, pedindo medida protetiva contra o agressor.

A polícia fez rondas na região e foi até mesmo à residência da família do autor, no bairro Universitário, mas ele não foi encontrado.

O caso foi registrado na Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher)