Depois de 7 meses de uma longa espera para conseguir fraldas geriátricas para a mãe acamada, a assistente administrativa Josiane Nogueira, 41 anos, recebeu o contato da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) para buscar o material no CEM (Centro de Especialidades Médicas), em Campo Grande.

A filha da senhora de 73 anos, com Alzhaimer e acamada, já havia denunciado a falta de insumo fornecido pela rede pública em agosto, na época a família estava há três meses sem conseguir pegar as fraldas e sempre recebendo informação de uma nova licitação ou atraso de compra. Com isso familiares tiveram que arcar com um gasto de mais de R$ 600 por mês para não deixar a idosa desamparada.

A luta se estendeu por mais alguns meses até que ontem (15), a secretaria entrou em contato com a família e disponibilizou as fraldas.

Para a filha é um alívio depois de tantos meses de espera. "A fralda que estava com um prazo maior de falta chegou e vamos pegar na segunda-feira, mas a dieta que ela pega no CEM ainda está em falta e com atraso na entrega", disse.

Na manhã de quarta-feira (14), familiares de PcD (Pessoas com Deficiência), que dependem do SUS (Sistema Único de Saúde), foram até a (Secretaria Municipal de Saúde Pública), para denunciar a falta de assistência no fornecimento de medicamentos e insumos.

Em vídeo, Daiane Ricaldi, mãe de um menino que precisa de sonda de cateterismo, aparece reunida com outras pessoas na Sesau aguardando uma explicação para a falta dos produtos fornecidos pelo CEM (Centro Especializado Municipal).

Em resposta a secretaria respondeu que "A Sesau reitera que tem buscado dar celeridade em todos os processos de compra objetivando o atendimento dos pacientes, no entanto existem situações pontuais que acabam impactando no fornecimento em tempo hábil de materiais, insumos e medicamentos, como a indisponibilidade de matéria prima ou do produto no mercado, atrasos na entrega ou desistência no fornecimento por parte da empresa".