Campo Grande

15/12/2022 14:35

Coordenadora do CCZ é exonerada após denúncias de assédio em Campo Grande

Servidores fizeram abaixo-assinado e relataram até de problemas emocionais

15/12/2022 às 14:35 | Atualizado 15/12/2022 às 22:39 Thiago de Souza e Elizeu Ribeiro
Chefia da CCZ foi acusada de assédio moral - Reprodução PMCG

A médica Juliana Resende Araujo foi exonerada, nesta quinta-feira (15), do cargo de coordenadora de Controle de Zoonozes e Bem Estar Animal, da Secretaria de Saúde de Campo Grande. Ela foi alvo de abaixo-assinado feito por servidores, que relataram assédio moral da profissional. 

O abaixo-assinado foi publicado pelo TopMídiaNews, nesta quinta-feira (15). O texto da exoneração foi publicado no Diário Oficial de Campo Grande. Nele constam a revogação de dois decretos, sendo um que a exonera do CCZ e outro da função de confiança de Técnico Assistente. Juliana assumiu os cargos em fevereiro e janeiro de 2021, respectivamente. 

Assédio 

A chefe do CCZ, disseram os servidores do órgão, criou um ambiente tóxico, exacerbando "comportamento arrogante, prepotente, agressivo, expositivo e ríspido" com os funcionários. 

Por não suportarem a postura da superiora, funcionários vinham apresentando problemas de saúde, como crises de pânico e ansiedade.

Problemas 

Na carta, os trabalhadores do CCZ alegam que ''houve um aumento considerável no número de atestados psicológicos desde sua nomeação. Em decorrência dessas atitudes têm acontecido realocação de agentes para outros órgãos, exoneração a pedido, frequentes solicitações de saída de servidores da escala de plantão, sobrecarregando os que ainda permanecem''. 

Uma das maneiras de não lidar diretamente com a então chefe, diz o abaixo-assinado, era pegar atestado médico ou doar plantões para outros colegas. Outro fator estressante, segundo a denúncia, seriam as "comunicações não éticas, com o uso indiscriminado de mensagens até mesmo fora do horário de serviço, usando linguagem agressiva".   

Sesau

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o caso era acompanhado juntamente com a Superintendência de Vigilância em Saúde, a qual o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) é subordinado.

''As partes devem ser ouvidas e, caso necessário, poderá ser aberto um processo de sindicância para apurar a conduta de todas as pessoas envolvidas e proceder com as devidas sanções administrativas'', disse a nota do órgão. 
O espaço está aberto para posicionamento da médica.

Após a reportagem, a Sesau explicou que a médica não foi demitida. Apenas saiu a revogação do cargo de coordenadora do CCZ. Ela vai assumir a função temporária de superintendente de Vigilância.