07/12/2022 07:00
Prefeita Adriane Lopes paga quase R$ 4 mil a mais para sub acusado de assédio
Mesmo afastado das funções, o subcomandante da GCM continua recebendo adicional de confiança e trabalho no trânsito
A prefeita Adriane Lopes (Patriota) afastou o subcomandante da Guarda Civil Metropolitana, Valmir Ferreira da Silva, denunciado por assédio sexual e perseguição. Porém, ele continua recebendo gratificação de cargo de confiança de R$ 2,8 mil, mais adicionais de fiscalização de trânsito de R$ 921, o que não deveria ocorrer devido ao afastamento.
O subcomandante Da Silva, amigo da prefeita Adriane Lopes, está sendo investigado por assédio a alunas do curso de formação da Guarda, e após a divulgação do caso, foi afastado das funções pelo Executivo, mesmo dizendo em diversos áudios, que não “iria cair” por ser ligado à chefe do Executivo.
Mesmo afastado da função, a prefeitura ainda está pagando o cargo de confiança, e um adicional de fiscalização de trânsito, mesmo sem ele trabalhar no trânsito. Na folha de pagamento do servidor do mês de novembro ainda constam os valores.
Fonte do TopMídiaNews informa que “o correto, após o afastamento do cargo de confiança, seria a suspensão dos pagamentos”.
“Ele continua recebendo, mas sempre quando alguém é afastado, automaticamente já perde o cargo de confiança. Estranhamente, o dele não foi suspenso. Fora que ele está recebendo adicional de fiscalização de trânsito indevidamente, já que não exerce a função.”
O salário base do servidor é de cerca de R$ 2,3 mil, e a somatória dos adicionais chega a quase R$ 4 mil.
O que diz a prefeitura?
Em nota, a prefeitura mantém o silêncio. "O Processo Administrativo Disciplinar está em curso. A Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social (Sesdes) determinou sigilo das informações até a finalização das investigações no âmbito da corregedoria".
Denúncias de assédio
Subcomandante da Guarda Civil de Campo Grande, Valmir Ferreira da Silva, amigo da prefeita Adriane Lopes (Patriota), é investigado por assédio a alunas do curso de formação da Guarda. (clique aqui).
Ele está convicto de que o processo de investigação de assédio sexual será arquivado e não terá consequências pela amizade e ajuda na campanha politica de Lopes. Inclusive, teria tido a garantia da corregedora Paula Barreto e de pessoas ligadas diretamente à prefeita Adriane Lopes. (clique aqui).
Um vasto material foi obtido pelo TopMídiaNews e prints mostram que o subcomandante da vítima curtia várias fotos das jovens nas redes sociais, sempre com elogios incompatíveis com a relação profissional. E também sempre tentava manter um contato casual fora do expediente.
A denúncia envolve o subcomandante da GCM e outros dois guardas, contra as alunas, que se preparam para serem novas agentes civis metropolitanas. Neste caso, apesar da aprovação na prova objetiva, as candidatas são avaliadas e podem ser reprovadas.
Os três denunciados são servidores antigos, um deles é segurança da prefeita Adriane Lopes, outro comandante de área e o subcomandante em questão, amigo pessoal.
Denúncias de alunas
Em dezenas de prints de alunos do curso, é possível ver mensagens do subcomandante Valmir para as alunas. Ele curte, de forma incessante, as fotos em redes sociais e comenta sobre elas em mensagens privadas.
“Uma princesinha”, disse ele a uma. “Pode ficar sossegada. Até amanhã, na avaliação das fotos”, comentou em outra tentando justificar o costume. "Fica difícil não fazer um elogio”, disse ele outra foto.