21/11/2022 16:47
Caminhões são incendiados em trecho de bloqueio de bolsonaristas no MT
Na noite de sábado, outro incêndio criminoso ocorreu, mas em Lucas do Rio Verde
Dois caminhões foram incendiados, por um grupo criminoso, na manhã desta segunda-feira (21), na BR-163, perto de Sinop (MT). Os veículos estavam próximos ao bloqueio feito por manifestantes bolsonaristas na rodovia.
Conforme o UOL, diversos vídeos mostram os incêndios nos veículos, que estavam em sentidos contrários na rodovia. Os suspeitos não foram identificados e, de acordo com testemunhas, estavam encapuzados e armados.
Ainda segundo o site, os criminosos ordenaram que os motoristas descessem e atearam fogo. Uma das pessoas que viram a ação, um dos bandidos estaria com armamento de grosso calibre.
''Meteram bala, tiraram o motorista de dentro e meteram fogo nos dois caminhões'', disse um popular. Outra pessoa garantiu que os suspeitos bateram com a arma na porta dos dois caminhões.
''Aí eles falaram que vão trancar a BR. Ir nas empresas e fazendas. Vão colocar fogo nos caminhões que tiver carregando [produtos para pegar a estrada]", relatou a testemunha.
Mais ataques
Na noite de sábado (19), dez pessoas foram vistas ateando fogo em caminhões, que estavam na base da concessionária que administra a rodovia. O trecho do ataque fica entre Nova Mutum e Lucas do Rio Verde.
O UOL narrou ainda que, de acordo com funcionários e outras testemunhas, o grupo criminoso jogou bombas incendiárias na base da concessionária. Eles quebraram as cancelas da praça de pedágio. Da mesma foram que o ataque desta segunda-feira, os suspeitos estavam armados.
"Eram mais de dez, tudo armado... Os caras mandando eu sair: 'sai, sai, corre, corre'. Entraram atirando." Em seguida, o autor do vídeo mostra uma viatura com perfurações de tiro no vidro dianteiro’’, segundo o UOL.
PRF
Para a Polícia Rodoviária Federal, os ataques de sábado e desta segunda podem ter relação.
"Isso já passou de ser um problema única e exclusivamente da PRF. Isso já está entrando em uma guerra civil e atitudes dos órgãos superiores precisam ser tomadas com urgência", disse Felipe Dias Mesquita, delegado da PRF, em áudio obtido pela reportagem.