Campo Grande

12/11/2022 07:00

Pastora beira o fanatismo e espalha fake news sobre 'golpe militar' em Campo Grande

Ela induz fiéis a acreditarem nas falsas notícias e ainda pede jejum e oração

12/11/2022 às 07:00 | Atualizado 11/11/2022 às 16:08 Thiago de Souza
Pastora espalha mentiras nas redes sociais e igrejas - Reprodução Facebook

Pastora evangélica, que atua na região da Vila Popular e Nova Campo Grande, está com o Facebook recheado de notícias falsas. Algumas são gravíssimas e induzem seguidores a acreditarem que houve um golpe militar no País, por causa do PT. 

O fato chamou a atenção de uma internauta, que se espantou ao ver a líder religiosa espalhando informações, que podem gerar convulsão social. 

Post diz que mulher de criminoso irá assumir ministério. (Foto: Reprodução Facebook)

Facção

Na rede social, uma das postagens – que é um vídeo - compartilhadas pela religiosa, dá conta que Lula vai nomear a esposa do líder da maior facção criminosa do País, como ministra da Segurança Pública. 

Na legenda da postagem, ela diz: ''simplesmente não posso deixar de compartilhar este vídeo com você depois de assistir!'', exclama a pastora. A publicação não traz nenhum elemento que seja característico de um produto humorístico e, a ela, é dada um tom de credibilidade. 

Golpe

Outro vídeo, igualmente espalhado pela líder religiosa, traz a imagem de dezenas de bolsonaristas eufóricos e às lágrimas, dizendo que, acabaram de saber, que foi decretado Estado de Sítio e que as Forças Armadas estariam com o controle absoluto do País. 

Ainda de acordo com a gravação, a medida adotada pelos militares seria em razão da fraude nas urnas ter sido comprovada. Um homem chora no vídeo e celebra a tomada militar. 

''Ela fala isso para os fiéis como se fossem verdades e pedem para orar e jejuar'', lamentou uma mulher, que conhece o trabalho da pastora. 

Em mais um vídeo compartilhado, a religiosa exibe gravação, onde o empresário americano, Mike Lindell, diz que 5,1 milhões de votos de Jair Bolsonaro foram roubados no segundo turno das eleições. 

Resposta

Entramos em contato com um celular atribuído à igreja, mas não atendeu. Deixamos recado. Outro número divulgado na internet como sendo do ministério, atende na casa da ex-sogra da religiosa. Ela disse que lá não é igreja e que não tem mais contato com a ex-nora.  

O espaço está aberto ao posicionamento da pastora.