01/11/2022 17:30
Manifestantes bolsonaristas invadem escola em Nioaque; sindicato repudia (vídeo)
Grupo afirmou que teria 'situações acontecendo que não são legal' e que alunos seriam obrigados a usar boné do MST
Um grupo de bolsonaristas adentrou em um recinto escolar na tarde desta terça-feira (1°) na cidade de Nioaque, a 171 quilômetros de Campo Grande, para reclamar de situações que estariam acontecendo com os alunos.
A onda de manifestações se estenderam nas apenas nas rodovias, mas em outros campos. Tudo começou horas depois do resultado da eleição que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como presidente do Brasil pelos próximos quatro anos.
Em um vídeo recebido pela reportagem, pais e até os próprios alunos, alguns vestidos com camisa da Seleção Brasileira e enrolados em bandeira do Brasil, afirmam que estariam acontecendo "situações que não são legal". Uma delas, dita por uma mãe, é que os alunos estariam sendo coagidos a usar boné do MST (Movimento Sem Terra).
O Simten (Sindicato Municipal dos Trabalhadores em Educação) emitiu uma nota repudiando o que consideram atitudes negacionistas que estão circulando em grupos de WhatsApp e outros meios contra professores e diretores.
Em trecho da nota, o sindicato afirma que as "as mensagens desqualificam os (as) profissionais em educação, dizendo que quem votou em Lula é vagabundo".
"Esses ataques de cunho fascista demonstram o quanto a Democracia incomoda os Bolsonaristas e com eles não existem diálogos ou argumentos, mesmo porque, para que assim o fosse, seria preciso um mínimo de capacidade racional. Não foram somente a classe da Educação que elegeu Lula Presidente. Foi a população brasileira. A crescente presença de atividades fascistas visando a destruição das bases do conhecimento, produzindo incertezas e o caso social, tem tido no Brasil um terreno fértil e há de ser uma preocupação pessoal para cada um e uma de nós", diz a nota.