Interior

20/10/2022 17:00

Criança sofre preconceito por usar roupa vermelha em festa de Igreja de Sidrolândia

Pastor alegou motivos políticos por não gostar de ver o menino utilizando roupas da cor

20/10/2022 às 17:00 | Atualizado 20/10/2022 às 15:01 Antonio Bispo
A roupa foi escolhida pela própria criança para ir à festa - Reprodução/Arquivo pessoal

O fanatismo político de muitas pessoas tem atrapalhado até mesmo, o modo de vestir de crianças. Foi o que aconteceu com um pequeno, de dois anos, morador de Sidrolândia, distante 68 quilômetros de Campo Grande, hostilizado pelo pastor de uma Igreja evangélica durante a confraternização de Dia das Crianças, ocorrida no dia 12 de outubro. 

Em conversa com a equipe do TopMídiaNews, a mãe do menino, Déborah Armoa, de 30 anos, relatou que no dia do ocorrido o próprio filho foi quem escolheu a roupa que usaria na festinha. 

Vestido com uma camiseta e boné vermelho, os pais do garoto o levaram até o evento organizado pela Igreja do bairro. 

Ao chegarem no local, as crianças foram direto para os brinquedos, enquanto Déborah se deslocou até a barraca de cachorro quente, onde ajudaria as amigas a prepar o lanche que seria servido às crianças. 

Enquanto organizava os alimentos, escutou o pastor da comunidade, que não teve o nome revelado, dizer para outra mulher: “troque a camisa do seu filho que está de vermelho, pois já basta a criança que chegou de camisa e boné vermelho. Nossa Igreja é verde e amarelo”. 

Inconformada com o que escutou, Déborah chamou o marido e disse que iria embora com as crianças. O pastor ainda tentou justificar dizendo para ela que pelo menos os pequenos ficassem na festa, mas a família decidiu ir embora, uma vez que não se sentia acolhida no evento promovido pela Igreja. 

Nas redes sociais, a mãe fez um longo desabafo e questionou: “era uma festa para crianças ou uma confraternização política?”. 

Após o relato viralizar na cidade, o pastor bloqueou Déborah no Facebook e, até o momento, não se desculpou pelo ocorrido. 

Nossa equipe tentou entrar em contato com o responsável pela Igreja, mas não teve retorno até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para respostas.