Política

28/09/2022 08:12

Riedel diz que reforma tributária nacional é fundamental para organizar a pauta fiscal

Candidato ao Governo do Estado, ele falou sobre o tema no debate da TV Morena

28/09/2022 às 08:12 | Atualizado 28/09/2022 às 08:13 Rayani Santa Cruz
Para Riedel, é preciso enxugar a burocracia fiscal que manieta o desenvolvimento e inibe o empresariado - Saul Schramm

Eduardo Riedel (PSDB), candidato ao Governo de Mato Grosso do Sul pela Coligação Trabalhando por um Novo Futuro (Número 45), falou há pouco, no debate da TV Morena, sobre a necessidade de uma ampla reforça tributária nacional. Para ele, este é um fator essencial para reorganizar a questão tributária nos estados.

“Este é um dos temas que despertam a minha preocupação, e que serão alvos de minha atenção nos próximos anos, esta necessidade de uma reforma tributária nacional que alivie o empresariado e possibilite mais segurança nos investimentos”, afirmou.

Para ele, é muito fácil prometer redução de impostos, quando, na verdade, a questão é mais ampla. “Por isso, eu vou brigar muito por esta reforma tributária nacional. O país está se arrastando neste tema há décadas. Vivemos uma selva tributária, uma carga alta em todo o país, onde cada estado faz sua regulamentação específica, criando diferentes barreiras e um sistema difícil e complexo para as empresas. Isso é uma âncora que segura o desenvolvimento das empresas”.

Quando mais enxuto e eficiente for o Estado, maior a tendência será a de buscar uma redução tributária para ter mais competitividade. “Mas, temos que simplificar a legislação brasileira como um todo. Não podemos mais conviver com este ambiente inóspito e inaceitável para o setor produtivo brasileiro”, afirmou.

Para Riedel, é preciso enxugar a burocracia fiscal que manieta o desenvolvimento e inibe o empresariado.

“Excesso de impostos gera redução nos investimentos e, em consequência, diminui a oferta de empregos. Vamos estar atentos a isso”, garantiu.

Riedel também afirmou que a questão não pode ser tratada de forma eleitoreira, com promessas vazias. “Nos oito anos do ex-governador André Puccinelli, por exemplo, a média de participação da arrecadação no PIB foi de 11,18% (Fonte: IBGE e SGE/RREO) contra 10,72% dos sete anos e meio anos do Governo de Reinaldo Azambuja”, disse o candidato.

O ex-prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad, tem dito durante a campanha que o Governo do Estado tem sido um “Leão” na arrecadação de impostos. Na verdade, segundo o IBGE e o SGE/RREO, só o IPTU pago pelos campo-grandenses teve um aumento real (descontado a inflação) de quase 37% (36,36%) entre 2017 e 2021. É um valor alto, especialmente quando se leva em conta que a evolução do salário mínimo no mesmo período citado foi de apenas 7,5% Os impostos municipais subiram em muito maior proporção. O ISS subiu 23,63%. O ITBI subiu 47,32%. As Taxas e Contribuições de Melhoria subiram 20,47%.