Campo Grande

26/09/2022 09:43

Sem reajuste há 4 anos, profissionais do HU entram em greve por tempo indeterminado

Ao menos 60% dos trabalhadores da área assistência e médica e 50% dos servidores do administrativo mantém os serviços à população

26/09/2022 às 09:43 | Atualizado 26/09/2022 às 10:34 Dayane Medina
Funcionários acampam em frente ao hospital - Wesley Goully

Sem reajuste salarial há quatro anos, e com proposta de redução de salário, os funcionários do HU (Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossiam) entraram em greve nesta segunda-feira (26) por tempo indeterminado.

De acordo com o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal de Mato Grosso do Sul, Wesley Cássio Goully, a principal reivindicação são os 24% de reajuste pelos 4 anos sem o aumento, e a não redução do adicional de insalubridade dos trabalhadores, impactaria em até 27% dos ganhos dos funcionários.

"São 36 HUs em todo o Brasil que estão entrando em greve. Desde 2019, os profissionais não têm reajuste no salário e a administração dos hospitais, feita pela Ebserh, ainda quer fixar o pagamento adicional de insalubridade dos trabalhadores, de acordo com o salário mínimo e não como o salário base dos funcionários, o que reduziria o ganho de alguns em até 27%", explica.

A greve vai paralisar 40% do atendimento da área assistência e médica e 50% dos servidores  do setor administrativo.

Com faixas e cartazes, os funcionários vão acampar e frente ao hospital, até que as negociações tomem um caminho que atendam as reivindicações dos trabalhadores. "Vamos nos dividir em turmas de manhã, tarde e a noite até às 23h. Vamos manter até conseguir uma resposta digna", afirma Wesley, dizendo que os funcionários esperam reconhecimento do governo federal.

"Trabalhamos arduamente durante a pandemia, arriscando nossas vidas, trabalhando com falta de insumos, mas nunca abandonamos a população e agora estamos sendo abandonados pelo governo", lamentou.