Geral

09/09/2022 21:57

Autor da facada em Bolsonaro, Adélio continuará na Penitenciária Federal de Campo Grande

Adélio foi diagnosticado com transtorno delirante permanente

09/09/2022 às 21:57 | Atualizado 09/09/2022 às 22:07 Elizeu Ribeiro
RICARDO MORAES/REUTERS

Adélio Bispo de Oliveira, autor da facada que atingiu o então candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro em 2018, vai continuar em internação psiquiátrica. A decisão foi tomada pela 5ª Vara Federal de Campo Grande.

Conforme o Portal R7, a decisão levou em conta o relatório psiquiátrico mais recente do interno. O documento atestou que não houve "cessação de periculosidade".

Em 22 de julho deste ano, a Justiça Federal havia determinado novo laudo médico, que foi conduzido pelos peritos José Brasileiro Dourado Júnior, Leonardo Fernandez Meyer e Bárbara Andréia Milagres Feijó.

O documento afirma que, de acordo com informações cedidas pelos agentes e profissionais de saúde que têm contato com o paciente, Adélio tem "comportamento inadequado", fala sozinho em alguns momentos, não mantém convívio frequente com os demais presos e respondeu a uma falta grave disciplinar por desobediência.

Ainda conforme o R7, o autor da facada em Bolsonaro foi diagnosticado com transtorno delirante permanente paranoide, condição em que o paciente não consegue diferenciar fatos criados pela própria mente do que é real.

"Adélio Bispo de Oliveira permanece com diagnóstico clínico de transtorno delirante persistente, com alucinações de cunho religioso, persecutório e político que se manifestam frequentemente, sobretudo porque há recusa expressa do interno em receber a medicação psicotrópica recomendada para o tratamento de sua doença", diz um trecho do documento.

Ainda conforme a reportagem do R7, a Polícia Federal abriu dois inquéritos sobre o caso. No primeiro deles, sobre as circunstâncias do crime, concluiu-se que Adélio tinha agido por motivação política, mas que ele sofria de transtorno psiquiátrico grave.

No segundo, para saber se havia um mandante do atentado, o inquérito chegou à conclusão de que não houve participação de terceiros. A investigação foi reaberta em 2021 e ainda está em curso.