26/08/2022 13:30
Espetáculo da natureza, ipês realçam beleza de Campo Grande e são fonte de inspiração
No mês do aniversário da Capital, é mais comum a florada do ipê Roxo e Amarelo
Quem passeia por Campo Grande certamente vai se deparar com uma joia da natureza: os ipês. Roxos, amarelos, rosas ou brancos, a florada da árvore, que é por lei, símbolo de Mato Grosso do Sul (no caso do amarelo), encanta e traz leveza à paisagem urbana e rural da cidade.
O colorido das flores garante sensação de bem-estar. Por muitos campo-grandenses e até turistas, o espetáculo da florada é sempre muito aguardado.
O ciclo do ipê é uma festa da natureza! Primeiro as folhas caem, justamente no frio, deixando um vazio e sentimento de tristeza. Depois vem a florada, com os arbustos carregados e exuberantes. Essa etapa do ciclo dura pouco, cerca de sete dias, mas a beleza também está nas folhas caídas ao chão. É um espetáculo à parte.
Inspiração
Ipê também é inspiração. A escritora Márcia Ximenes Nunes, refletiu que ''sejamos como os ipês, que saibamos florir nos invernos da vida''.
Outro pensador, Fabrício Hundou, também ''metaforizou'' o ciclo dos ipês.
''Em mim haverá paixão até que a última flor de ipê caia e enfeite o chão''.
No ''festival das cores'', cada um tenha a sua preferida. Em agosto, mês do aniversário de Campo Grande, que este ano completa 123 anos, predominam as floradas do Ipê Amarelo e Roxo. A floração do rosa ocorre geralmente em junho e o branco em setembro.
Ipê em plena floração na Afonso Pena. (Foto: Silas Lima - arquivo)
Cultivo
Thiago Rodrigues da Silva 34, tem um viveiro de mudas na Ernesto Geisel, em Campo Grande, e oferta ipês. Ele tem branco, amarelo, rosa e roxo.
Silva detalha que a mais preferida é a amarela. É essa cor, diz ele, que costuma florar mais rápido, cerca de dois anos. A cor branca demora cerca de quatro anos.
''Rosa e roxo variam muito da terra e dos cuidados'', explicou o cultivador.
Ainda segundo o empresário, pessoas acima dos 30 anos são as que mais procuram pela árvore. A pergunta mais comum é se o ipê consegue ficar algum tempo sem regar, já que compram para plantar em chácaras, aonde vão somente aos finais de semana.
O jardineiro Antonio Francisco dos Anjos, 45 anos, tem uma história com um ipê. Ele pegou uma muda da espécie ''ipê nativo'', a plantou em um vaso e ficou com ela por oito anos. A árvore chegou a dois metros de altura.
No entanto, mudou de casa e não tinha espaço para o arbusto e acabou doando para um amigo que tem chácara.
''Pra não judiar dela, doei para um amigo, que tem chácara perto de Sidrolândia e ele ficou muito feliz e eu também'', contou Antônio.
Campo Grande, Cidade dos Ipês, parabéns pelos seus 123 anos!
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