Polícia

20/08/2022 10:23

Estuprada, estudante relata detalhes do crime na UFGD e trauma

Homem de moto a atacou e Polícia investiga o caso

20/08/2022 às 10:23 | Atualizado 20/08/2022 às 15:17 Rayani Santa Cruz
Estuprador cometeu o crime no campus da UFGD - Hedio Fazan/ Dourados News

Uma estudante da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) foi vítima de estupro ocorrido na noite da última quarta-feira (17), no campus da universidade em Dourados. Após o trauma pelo crime, ela divulgou o caso nas redes sociais.

Conforme o Dourados News, a vítima conta que era por volta das 19h30, quando caminhava pela rua Quintino Bocaiúva em direção a Fadir (Faculdade de Direito e Relações Internacionais) e foi abordada pelo criminoso. Ele estava em uma moto e se aproximou por trás da vítima dizendo que estava armado.

Ela foi levada para os fundos de um terreno baldio onde viveu momentos de terror, onde foi obrigada a se despir para ser estuprada. Após o ato, o estuprador foi embora e a vítima pediu ajuda a universidade.

Ela informou que foi até a unidade da Fadir onde pediu ajuda de colegas de curso e acionou a Polícia Militar. 

Além do relato chocante detalhando a abordagem e ação do estuprador, a estudante contou sobre o trauma, procedimentos burocráticos para elaboração de boletim de ocorrência que deu início as investigações e das injeções e rotina de remédios que será obrigada a ingerir por um quase um mês. 

“Fiz exame de sangue. Fiz o corpo delito. Lembro de tirar a calça para colocar o roupão do hospital e perceber que eu e o chão estávamos sujos de terra. Sai do banheiro chorando e pedindo desculpas pela bagunça. Pedi para uma amiga notificar o ocorrido nos grupos das turmas. Quero que todos saibam o que aconteceu comigo. Não quero que ninguém passe pela mesma situação, nem nenhuma parecida”, diz trecho do depoimento. 

Providências

A assessoria de comunicação da UFGD disse em nota que desde que teve conhecimento da situação, a universidade "tomou prontamente todas as providências possíveis”. 

Uma reunião foi realizada na quinta-feira (18) envolvendo a comunidade acadêmica, coordenação da UFGD e o 3º BPM (Batalhão de Polícia Militar) para discutir as medidas a serem tomas com urgência visando garantir a segurança dos milhares de estudantes que frequentam a região onde a aluna da Fadir foi violentada. 

Segundo a assessoria de comunicação do 3º BPM, estão sendo realizadas ações preventivas no quadrilátero formado pelas ruas Firmino Vieira de Matos, Manoel Santiago, Balbina de Matos e Ponta Porã.