A defesa de Lucas da Silva de Oliveira apresentou a versão do cliente, contra a acusação de agressão e cárcere privado, feita pela esposa do suspeito, no domingo (8), no Nova Lima, em Campo Grande. 

Conforme o advogado Joaquim Oliveira, marido e mulher vivem há cinco anos e ambos usam drogas. No dia do suposto crime, o casal saiu para comprar alimentos e também bebida alcoólica. 

No retorno para casa, os dois, que têm quatro filhos pequenos em comum, discutiram. Ele se contrariou porque ela queria visitar uma filha adolescente, fruto de outro casamento. Ela o acusou de ter outro filho, fora da relação. 

Oliveira alega que a mulher é que partiu para cima do marido, o arranhou e lhe tacou diversos objetos. A roxidão no braço dela seria porque o cliente a segurou e se defendeu das agressões. 

''Foi somente isso. Ela não tem nenhum ferimento, ao contrário dele, que está todo arranhado'', garantiu o defensor. O advogado acrescenta que, depois da briga, os dois recobraram a calma e iriam sair novamente. 

Confira aqui a versão de testemunhas e da vítima sobre o ocorrido. 

Ainda segundo a defesa, a adolescente, filha da vítima, chegou em casa e a briga já tinha acabado. Ela teria constatado que já estava tudo bem com o casal. 

Lucas, conforme o relato, decidiu então pegar os três filhos e levar para a casa da mãe dele. Ele levou dois pequenos e, quando voltou para buscar o terceiro, viu que a menor passou a fazer acusações de agressão e cárcere privado contra a esposa. 

O suspeito alega que somente a mulher tem a chave de casa e, quando a Polícia Militar chegou, ela estava em casa, com a chave. Sendo assim, não houve cárcere privado. 

''Ela [vítima] fez tudo isso e falou para a filha ligar para a polícia, para a filha falar que era cárcere privado'', detalhou o profissional. 

Lucas não ficou no local, mas negou que esteve foragido. Ele foi apresentado à Delegacia de Atendimento à Mulher, nesta segunda-feira, ouvido e liberado, diz o advogado.

Ele lamentou também o fato do cliente receber ameaças de linchamento e mostrou fotos na delegacia, expondo os arranhões no corpo do suspeito. 

Para Joaquim de Oliveira, o caso seria de atribuição da assistência social, já que são usuários de drogas. 

O advogado lamentou o que considerou uma divulgação distorcida do caso pela imprensa e sugeriu que a repercussão se deu em razão que, no domingo, foi celebrado o aniversário da Lei Maria da Penha.