02/06/2022 17:16
Daniela morreu no dia de combate ao feminicídio em Mato Grosso do Sul
A vítima foi assassinada de maneira cruel pelo seu namorado, morto em confronto com a polícia
Daniela Luiz, de 30 anos, a vigésima vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul, morreu na noite desta quarta-feira (1°) em Ribas do Rio Pardo e coincidentemente, o dia tinha uma data bastante significativa para quem tenta inibir os fatos e evitar tragédias, já que era celebrado o Dia Estadual de Combate ao Feminicídio.
O dia passou a ser inserido no calendário oficial do estado, no qual se inicia uma semana de palestras, eventos, todos voltados para o combate a essa prática, que já tirou a vida de 20 mulheres no primeiro semestre deste ano.
A Lei nº 5.202, de 30 de maio de 2018, instituiu no calendário oficial do Estado de Mato Grosso do Sul o dia 1º de Junho, como "Dia Estadual de Combate ao Feminicídio". A data lembra a morte da jovem Isis Caroline, ocorrida em 1º de junho de 2015 e tida como o primeiro caso de feminicídio registrado no Estado, após a vigência da Lei 13.104/2015.
Mato Grosso do Sul foi o 3° estado com maior índice de feminicídios no país no ano passado, no qual foram registrados 34 casos.
Daniela foi assassinada de maneira cruel pelo seu namorado, João José Furtado Nunes, de 32 anos. O acusado, morto em confronto com a polícia, também ceifou a vida do filho da vítima, Gustavo Luiz dos Santos, de 14 anos e quase matou a mãe da mulher.
O namorado tinha um perfil de ser ciumento e agressivo, no qual já havia feito ameaças contra Daniela.
O vereador João César Mattogrosso é um dos políticos atuantes na tentativa de findar essa dura realidade, que é a violência contra a mulher. Pelo menos cinco leis de sua autoria já foram sancionadas e passam a prevalecer no combate e prevenção.
“É inadmissível este cenário de violência contra a mulher. Como cidadão, como pai de uma menina e vereador, me causa grande indignação receber notícias diárias de crimes cometidos contra as mulheres. Nosso mandato é voltado para atuar de forma combativa e conectado com esta pauta, com projetos que buscam a proteção à mulher e que utilizem a educação como base", disse.
E ainda avalia. "É na escola, formando cidadãos conscientes que caminharemos para uma sociedade mais igualitária, onde a violência não seja tolerada e estes índices não sejam uma realidade”.