Denúncia

13/05/2022 11:31

Polícia vai ouvir professora sobre denúncia de estupro em escola do Santa Fé

A diretora também foi convocada para prestar depoimento

13/05/2022 às 11:31 | Atualizado 13/05/2022 às 11:32 Dany Nascimento e Itamar Buzzatta
Mãe de uma das possíveis vítimas esteve ontem na DEPCA - Wesley Ortiz

Cinco pais de alunos já foram ouvidos na DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) de Campo Grande, acompanhados dos filhos, e outros quatro devem prestar depoimento. 

As crianças relataram sofrer puxões de cabelo e estupros na escola Mon Petit, no bairro Santa Fé, em Campo Grande

Uma mãe disse que descobriu os abusos, quando a filha chupou o dedo dela. Após a denúncia, a professora acusada de estuprar a menina foi afastada da escola.

Ela e a diretora já foram intimadas para prestar depoimento.

Denúncia de estupro

A mãe disse que levou um tremendo susto quando viu a pequena chupar o dedo dela. 

''Em março, ela chupou o meu dedo de forma sensual, maliciosa e eu assustei'', contou a mulher. Ela questionou a garota, que revelou ser a professora que fazia isso. A mãe chegou a insistir para saber se não foi o avô ou o próprio pai, mas a menina garantiu que era a professora. 

Abalada, a mulher perguntou para a criança, sobre o que mais a docente fazia nela. 

''Ele enfiou o dedo lá no fundo da boca'', relatou a mãe, que chorou ao narrar a história. 

A genitora disse que a filha chupou o dedo dela novamente. Ao ser perguntada sobre isso, a pequena contou que era no recreio que a professora chupava o dedo dela e depois dava o dela para a vítima chupar. 

A certeza sobre os abusos, veio quando a mulher encontrou outra mãe de aluna, da mesma sala da filha dela.

Ao narrar o comportamento estranho da filha para a outra mãe, ouviu que ela estava vivendo a mesma situação. 

''Sua filha está sendo abusada e isso está acontecendo com a minha'', disse uma mãe para a outra. 

As duas crianças teriam relatado às mães sentirem dores da vagina. 

A mãe, que fez a primeira denúncia, levou a menina ao ginecologista. Na consulta, a médica informou que o hímen não estava rompido, mas não significava que não houve abuso. 

A criança teve outras mudanças de comportamento, sendo que só quer ficar perto da mãe e chora. 

''Não queria tomar banho, não deixava por a mão na perereca dela. Reclamava de dor na vagina'', disse a mãe, aos prantos. 

''Gostaria que isso fosse uma mentira. Eu estou me sentindo muito mal, não sei o que fazer'', completou. 

A mãe de uma menina de 3 anos, procurou a Polícia Civil no dia 9 deste mês e deu relato semelhante.